Por onde anda a força do Bahia jogando em casa? O time segue em busca da resposta enquanto vai levando pancadas em série. Na noite deste sábado, 26, tomou 3 a 2 do Inter, na Fonte Nova, chegando à quarta partida seguida sem vencer como mandante no Brasileiro. Foram três derrotas e um empate.
Graças, principalmente, a esse momento ‘estranho no ninho’, o Tricolor vê o sonho da vaga na Libertadores cada vez mais longe. Ao perder para um concorrente direto, permaneceu na oitava colocação, agora a quatro pontos do G-6.
O próximo compromisso do Esquadrão é na quinta-feira, quando visita o Santos às 19h15. Neste jogo, terá a volta do atacante Élber, que cumpriu suspensão neste sábado.
Péssima atuação
O Bahia terminou o primeiro tempo na Fonte Nova sem acertar um chute na direção do gol. Estatística que ajuda a retratar a péssima atuação do time nos 45 minutos iniciais, que, para sorte do Tricolor, terminaram sem gols.
Com o armador Guerra no banco e a aposta na improvisação do lateral João Pedro no meio-campo, o Esquadrão ganhou mais um carregador de bola, assim como os dois pontas. Assim, sem jogadores com aptidão para ligar as jogadas do meio para o ataque, sobraram bolas perdidas entre as intermediárias. A consequência foi o avanço sempre perigoso do Inter a partir dessas interceptações.
Aos 14 minutos, após roubada de bola, Wellington Silva tentou da entrada da área e Douglas espalmou. Em lance semelhante, aos 25, Neilton recebeu de Wellington Silva e chutou por cima. Antes, aos 10 minutos, o Colorado teve a melhor chance do jogo em cobrança de escanteio. Heitor cruzou e Victor Cuesta disparou torpedo de cabeça. A bola tocou, caprichosamente, nas duas traves antes de ser afastada por Juninho.
O Bahia pouco fazia. A primeira jogada possível de se registrar, aos 23, foi uma finalização de muito longe de Artur, que passou relativamente perto da meta defendida por Marcelo Lomba. Aos 30, a equipe teve sua única oportunidade clara. Marco Antônio, seu mais ativo jogador de ataque, cruzou em cobrança de falta e Juninho testou para fora.
Quatro minutos depois, o Inter ainda teve mais uma chegada, com Guerrero batendo de esquerda para outra boa defesa de Douglas. Mas os times foram mesmo para o intervalo com o placar zerado. Chance que caiu do céu para o Bahia recomeçar do zero. No entanto, Roger Machado manteve a mesma formação, e o castigo veio logo aos três minutos. Guilherme Parede tocou e Guerrero acabou com um jejum de sete partidas sem gols ao acertar chute no cantinho.
Logo depois, Roger sacou o confuso João Pedro para colocar Guerra, criticado por atuações anteriores. E aí, aos sete minutos, o Inter ampliou em falha incrível de Nino, que, ao tentar recuar para Douglas, deu ‘assistência’ para Guilherme Parede driblar o goleiro e
O Esquadrão até tentou uma reação rápida, mas Marco Antônio teve chute bloqueado aos oito minutos e, aos 10, Gilberto falhou em tentativa de finalizar sem ângulo.
Só que o gás pareceu acabar e o clima ficou o pior possível na Fonte, com protestos de parte da torcida, que passou a aplaudir o toque de bola do Inter e a vaiar o Bahia. Foi nesse cenário que Artur conseguiu diminuir, aos 25, em chute que tocou na trave, em Lomba e entrou. Porém, nem deu muito tempo para sonhar com uma reviravolta. Quatro minutos depois, Lucas Fonseca saiu jogando errado e Edenilson interceptou. Ele tocou para Guerrero, que acertou bela finalização para fazer o terceiro.
O Tricolor ainda deu mais um suspiro aos 41, quando Juninho deu um chutaço de primeira após passe de cabeça de Guerra. Mas não havia tempo nem força para reação.
Fonte: Atarde