Teixeira de Freitas: Refletindo os feitos de Jesus em sua estadia na terra, relata-se nos textos bíblicos em torno de mais de 20 milagres realizados atribuídos a pessoas com os mais variados tipos de deficiências físicas ou sensoriais e doenças crônicas. (Fonte< http://www.crfaster.com.br/JC.htm>).
Mas o que se evidencia com bastante veemência nos ensinamentos e ações do Cristo, foi o valor do Natal em nossas vidas, que se colocarmos na linguagem usual e na “moda” poderíamos dizer que o Natal nos remete à inclusão, acolhimento, respeito às diferenças, a tão pronunciada “respeito ao próximo”.
Efetivamente, como encaramos e vivenciamos em nosso dia a dia essa questão?
Em linhas gerais sempre o próximo nos surge meio "demente", "estranho", ou "inadequado", com suas ideias, jeito de ser, condição física e social diferentes das nossas. Tudo que contraria o modo de como percebemos a vida nos intranquiliza. Ficamos perplexos diante do diferente, do senso comum e, resistentes em aceitar as diferenças do outro.
Em se tratando de pessoas com deficiências e/ou alguma restrição física é evidente a rejeição, mesmo que velada. Como ter um deficiente intelectual, que de uma hora pra outra pode ter uma crise epilética? Um cadeirante no meu setor de trabalho vai comprometer a produtividade. Nossa! Não sei pra que vaga pra deficiente, maioria nem anda, imagina ter carro!
E por ai vai...
Nossa tolerância é zero quando se trata de respeito às diferenças e a percepção das deficiências que todos temos. Cristo em sua plenitude nos ensina que, deficiência todo mundo tem; sejam elas físicas mentais ou emocionais. E acrescentemos as nossas “muletas invisíveis” que é em muitos casos a deficiência ética, moral e cultural, que, temos que nos burilar a cada dia, para manter o Cristo nascido em nós, pois, como Mario Quintana retrata em seu poema Deficiente:
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
“Anão é quem não sabe deixar o amor crescer”.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: "Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
“A amizade é um amor que nunca morre.”
Relacionando a mensagem do poema com a máxima do Cristo em nascer em nós como Natal, é que precisamos reconstruir nosso espírito para a inclusão do novo e do outro como ele é em nossa vida. Despir-nos de preconceitos que acreditamos existir só nos outros, também rever nossos sistemas de crenças que além de também criar deficiências, limitam nossa vida nos impedindo de sermos felizes.
Que deixemos o amor do Cristo nascer em nós, façamos do símbolo da manjedoura, emergi o poder que temos de acolher o outro, abraçar e criar laços de solidariedade. Que nosso coração possa estar repleto de amor para vermos no outro a essência do menino Jesus nascido.
Grande desafio esse! Mas, caminhemos na certeza de somos guiados diariamente pela estrela de Davi, que nos dá o amanhecer diário como milagre em nossas vidas.
Mensagem da presidente da Pestalozzi de Teixeira de Freitas, Maria Luiza Zanon Dall’Orto.
“A você amigo e parceiro nossa eterna gratidão pelo apoio na XII Festa da Família que aconteceu nesta quinta-feira, dia 11/12/2014. E aos queridos pais, obrigada pelo reconhecimento ao nosso trabalho. E, a toda equipe Parabéns pelo esforço e dedicação empregada.”
Por: Ana Cristina Barbosa Silva
Psicopedagoga Institucional-Clínica