Salvador: Durante toda a última quinta-feira, 17 de Agosto, aconteceu na sede da Academia de Polícia Civil da Bahia, o encontro para debater formas de melhorias no atendimento as mulheres vítimas de agressões e abusos, que procuram as delegacias da capital e do interior do estado. O encontro contou com a presença de delegadas, delegados, investigadores, escrivãs e também do delegado geral da Polícia Civil da Bahia, Bernardino Brito Filho, que falou aos presentes da importância de receber a vítima bem, de abraçar no âmbito policial quem foi de fato vítima. Parte do discurso do delegado geral foi voltado para as cidades onde existe o atendimento da DEAM.
A coordenadora da 8ª COORPIN, Dra. Valéria Chaves, foi uma das convidadas e esteve no encontro juntamente com a escrivã Virgínia da DEAM de Teixeira de Freitas. O encontro aconteceu no mês em que a Lei Maria da Penha completou 11 anos, e os números obtidos em 2017 são assustadores. Mais de 23 mil mulheres sofreram violência em 2017 na Bahia, sendo que aconteceram 23 casos de feminicídio, 150 casos de homicídio doloso, 174 tentativas de homicídios, 242 casos de estupro, 7.582 casos de lesão corporal e 15.270 registros de ameaça, dados de Janeiro a Julho de 2017. E o mais assustador, 42 mulheres são vítimas de violência por dia na Bahia. Com isso a Rede Bahia lançou a campanha "Sou mulher, quero respeito", que busca conscientizar as pessoas, e principalmente as mulheres sobre a importância de denunciar abusos e violência sofrida.
Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Dra. Valéria, que disse que após retornar para Teixeira de Freitas, irá se reunir com todas as delegadas e delegados lotados na 8ª COORPIN, e também com as delegadas da DEAM, e transmitirá tudo que foi debatido no encontro, e também as orientações do delegado geral. A equipe do Liberdade News sempre cobrou e sempre irá cobrar respostas das autoridades para todos os crimes, em especial os crimes contra a mulher, que são vítimas não só da criminalidade, mas também de uma sociedade que ainda é machista. Quando for conversar, atender, tratar uma mulher, pense você tem mãe, irmã, filha, avó, tias ou até esposa, como gostaria que elas fossem tratadas? Respeitem as mulheres, e você mulher, denuncie toda e qualquer violência sofrida.
Por: Rafael Vedra/LiberdadeNews