Na tarde desta quarta-feira (04), policiais rodoviários federais faziam fiscalização de combate a criminalidade na altura do quilômetro 720 da BR 101, trecho do município de Eunápolis (BA), quando abordaram um veículo GM/Ônix, com 2 ocupantes.
Durante os procedimentos de fiscalização, a equipe solicitou os documentos do condutor e passageiro e na entrevista, os PRFs notaram sinais de nervosismo e respostas desencontradas por parte dos ocupantes. Em seguida, os agentes realizaram uma revista minuciosa no veículo e foram encontradas 456 aves silvestres das espécies canário, papa-capim, e crauna.
Todos os pássaros estavam aprisionados no porta-malas do carro em catorze caixas de madeira, em ambiente escuro e sem ventilação, ensejando total falta de cuidados, higiene e maus tratos.
Dada às circunstâncias e após entrevista aos ocupantes do automóvel, o passageiro de 43 anos de idade assumiu a responsabilidade pela captura dos animais e disse não possuir autorização do órgão ambiental para criação. Informou ainda que adquiriu os pássaros na cidade de Medeiros Neto (BA) e que pretendia comercializar os animais em Feira de Santana (BA).
Os policiais também descobriram que o veículo possuía ocorrência de furto, registrada no Rio de Janeiro em setembro de 2016. O carro é de propriedade de uma locadora. As placas do carro foram trocadas para tentar ludibriar fiscalizações da polícia.
Em seguida, foi lavrado o Termo Circunstanciado de Ocorrência e o infrator de 25 anos de idade responderá na Justiça por crime contra o meio ambiente previsto na Lei 9.605/98.
Os pássaros foram encaminhados aos cuidados do órgão ambiental IBAMA, onde passarão por um processo de reabilitação para voltarem à liberdade. O retorno ao habitat natural nem sempre é um processo rápido. Além de tratar a saúde, os animais precisam reaprender funções básicas como voar e caçar.
A PRF alerta que as denúncias nas rodovias podem ser realizadas através do telefone 191, que funciona em todo o Brasil. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.
Por: Liberdadenews/Ascom