Em uma decisão histórica causada pela crise no cinema em meio ao coronavírus, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou, nesta terça-feira, 28, que filmes transmitidos apenas pela internet durante a pandemia poderão concorrer ao Oscar 2021.
Com isso, a entidade quebra uma das suas maiores regras: a obrigatoriedade das produções serem exibidas por pelo menos sete dias consecutivos, com no mínimo três sessões diárias em Los Angeles para poder concorrer.
"Até segunda ordem, e apenas para a 93ª edição do Oscar, filmes que tinham um lançamento em cinemas anteriormente planejado mas que estão inicialmente disponíveis em transmissões comerciais ou em plataformas sob demanda podem se qualificar para melhor filme, categorias gerais e categorias de especialidades", afirmou a Academia em comunicado publicado no seu site.
A organização no entanto, reforça que a flexibilização é temporária, válida apenas para a premiação do próximo ano. Todos os cinemas de Los Angeles estão de portas fechadas desde o dia 16 de março, respeitando as medidas de distanciamento social.
"Em uma data a ser determinada pela Academia, e quando os cinemas reabrirem de acordo com as regras e critérios federais, estaduais e locais, essa exceção à regra não será mais válida. Todos os filmes lançados depois deverão estar de acordo com as exigências padrão de qualificação cinematográfica."
Entre outras mudanças, a dona do maior prêmio do cinema também irá permitir que todos os seus membros participem da escolha dos indicados a melhor filme internacional desde a primeira etapa. Esta pré-lista era determinada por um comitê. Outra alteração é que as categorias de edição de som e de mixagem de som serão fundidas em uma só.
"A Academia acredita firmemente que não há maneira melhor de experimentar a mágica dos filmes do que ao vê-los em um cinema. Nosso compromisso com isso segue inalterado e inabalável. Não obstante, a historicamente trágica pandemia da Covid-19 precisa dessa exceção temporária à nossas regras de qualificação", disse o presidente da organização, David Rubin.
Fonte: Atarde