Meio século atrás se iniciou o julgamento de um crime horripilante, a morte, pelos satanistas de Charles Manson, da jovem atriz, grávida de nove meses

No dia 15 de Junho de 1970, exato meio século atrás, sob o comando do magistrado Charles Herman Older, um ex-aviador condecorado na II Guerra Mundial, se completou em Los Angeles a seleção das cinco mulheres e dos sete homens do júri que decidiria o destino de um fanático de nome Charles Manson, então nos 36 de idade, e de quatro jovens, entre os 19 e os 23, acusados de um dos crimes mais impactantes da História norte-americana.

De 9 a 10 de Agosto de 1969, na mansão de Sharon Tate, 26 anos, uma atriz de Hollywood, os quatro, instigados por Manson, um psicopata idealizador de uma seita diabólica, haviam assassinado a garota e outras quatro pessoas com o absurdo de 102 facadas. Esposa do diretor Roman Polanski (“A Dança dos Vampiros”, “O Bebê de Rosemary”), Sharon estava grávida de nove meses.

Winifred Chapman, a governanta, descobriu os corpos na manhã do dia 11. Absolutamente sem pistas, a polícia da Califórnia somente chegou a Manson graças a uma série de episódios fortuitos.

 Em 12 de Outubro, ele foi detido e encarcerado por furto de automóvel. Em 6 de Novembro, presa por desordem, Susan Atkins, uma de suas sequazes, numa bravata de cela de cadeia, contou a Virgínia Castro que fizera parte do grupo dos matadores e ainda admitiu que Manson dispunha de uma longa lista de celebridades a serem “justiciadas”, entre elas Elizabeth Taylor, Frank Sinatra, Richard Burton, Steve McQueen e Tom Jones.

E enfim, em 12 de Novembro, também preso, Al Springer, um aprendiz de malfeitor que se recusara a participar da seita, confessou que, logo depois dos crimes, Manson se vangloriara por promover, pouco antes, em Hollywood,  uma “operação de trucidamento de porcos”. Bastou para que, em 18 de Novembro, Vincent Bugliosi, o promotor designado para o caso, começasse a alinhavar os procedimentos de um julgamento, cujo se estenderia, tenso, arrastado, através dos doze meses posteriores.

Incumbido da tarefa basicamente impossível de defender Manson, em 19 de Novembro de 1970 o seu advogado, Ronald Hughes, sequer apresentou as alegações finais de praxe. Older determinou um recesso de dez dias, para um descanso do júri, massacrado por mais de uma centena de depoimentos e testemunhos.

Então, no retorno, marcado para 30 de Novembro, Hughes não apareceu no tribunal. Teria sumido enquanto acampava em Hot Springs, a 200 quilômetros de distância. Suspeitou-se de uma retaliação de comparsas de Manson. O corpo do advogado, porém, encontrado em Março de 1971, não exibia os vestígios de violência que atestariam um novo crime. No interregno, em 25 de Janeiro, o júri declarou Manson culpado, assim como os seus quatro seguidores. Em 29 de Março, Older os condenou à morte.

Em 19 de Abril, o tribunal enviou Manson à penitenciária de St. Quentin, dotada de uma famigerada câmera de gás. Salvou-o da execução uma conjunção de adiamentos e o fato de, em 18 de Fevereiro de 1972, a Corte Suprema da Califórnia extinguir a pena de morte.

Automaticamente, o castigo fatal se transformou em prisão perpétua. Também aconteceu de as novas normas estabelecerem que, a cada cinco anos, um recurso pudesse propiciar a comutação da punição. Inacreditavelmente, vicejou um culto maligno à já chamada “Família Manson”. Temerosa de que os cinco degenerados pudessem obter uma liberdade condicional, Doris Tate, mãe de Sharon, iniciou, então, uma campanha pública contra as “deficiências do sistema correcional” da Califórnia. E conseguiu a aprovação de uma emenda que, depressa, se tornou jurisprudência nos Estados Unidos.

Desde então, a cada audiência de concessão da liberdade condicional, as vítimas dos crimes, caso ainda vivam, ou os seus parentes, no caso de morte, podem se manifestar presencialmente na sessão. A própria Doris protagonizou a estréia da medida, numa tarde em que Tex Watson, um dos cinco da seita, implorava clemência. Num arrazoado pungente, face a face com Watson e com a bancada dos examinadores do pedido, enfatizou:

“Ora, que clemência o senhor mostrou por minha filha quando ela implorava por sua vida? Que clemência teve quando ela disse: ‘Me dê duas semanas para que eu tenha o meu filho e, então, poderá me matar’? Poderão as suas vítimas se levantar de seus túmulos se o senhor tiver a liberdade condicional?”

Pedido negado. Como seriam vetados todos aqueles que Manson eventualmente solicitasse. O insano nem ousou. Morreria em 19 de Novembro de 2017, causas naturais, em Kern City, em um hospital para doentes mentais. Em 2000, no livro biográfico “Sharon Tate and the Manson Murders”, o escritor Greg King adequadamente definiu: “O real legado de Sharon Tate não foram seus trabalhos no cinema ou na televisão.

O seu real legado, exaustiva e dolorosamente costurado por sua mãe, Doris, inspirou a possibilidade de, hoje, os parentes das vítimas dos crimes de morte terem o direito de se sentar bem à frente do réu, num julgamento, ou de um condenado, numa audiência de liberdade condicional, e terem a sua voz dignamente escutada. Com seu empenho, Doris mudou a História.”

Fonte: R7

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