Dois agentes de trânsito de Salvador, suspeitos de agredir uma equipe do Jornal Correio, na noite de quarta-feira (25), foram afastados das funções. A informação é da Transalvador. A agressão ocorreu na noite de quarta-feira (25) em uma barreira de acesso ao Estádio Manoel Barradas, o Barradão.
O repórter fotográfico Betto Júnior e o motorista Gabriel Cerqueira tentavam entrar no estádio para a cobertura do jogo entre Vitória e Corinthians, pela Copa do Brasil, e como o carro não tinha a identificação do jornal, eles foram impedidos de ter acesso ao local. Houve uma discussão que acabou em agressão física.
Betto teve cortes na cabeça e no rosto, o nariz quebrado e há suspeita de que o maxilar inferior também tenha se deslocado. Ele e o motorista registraram o caso na Delegacia de Pau da Lima, e foram encaminhados para exame de corpo de delito e depois levados para um hospital. O equipamento do repórter fotográfico também foi quebrado.
O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, já havia se posicionado sobre o caso e disse que o órgão repudia qualquer tipo de violência. Muller afirmou, ainda, que será feita apuração do ocorrido através de processo de sindicância e processo administrativo, para que sejam tomada as medidas legais.
O caso também é investigado pela Polícia Civil.
Caso; Betto Júnior contou que ao se aproximar de um agente da Transalvador, explicou que estava com crachá de identificação da empresa e que o carro não estava identificado por segurança, já que houve outro incidente em um jogo do BA-VI [clássico entre Bahia e Vitória] em que o veículo foi quebrado.
"Ele não foi coerente. Fui até a barreira policial e o policial falou que era ele (agente da Transalvador) que tinha que resolver, que era trabalho dele. Eu voltei até o agente, quando chegou o outro. Esse agente que foi o agressor, estava alterado, já chegou dizendo que não ia entrar e acabou, que ia rebocar o carro, que ia multar, que ia fazer e acontecer. A gente começou discussão", relata.
"Um outro agente foi na barreira e a barreira da polícia veio. A gente começou uma discussão com esses agentes. Então, o menorzinho começou a me filmar, eu fotografei ele, porque quem trabalha com imagem sou eu. Fotografei ele, que me agrediu. A gente entrou em luta corporal. Mas tinham outros agentes, que me agrediram. Eu tomei um soco no maxilar, bati a cabeça na grande, levei cinco pontos e várias bicudas. Eu estou com nariz fraturado, maxilar, unha e escoriações pelo corpo. Exatamente o que aconteceu", completa.
Em nota, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) protestou contra a agressão. O comunicado diz que agressões contra jornalistas no exercício de suas funções são frequentes, principalmente as praticadas por agentes públicos, habituados a agir desta forma contra a população em geral.
Fonte: G1