Teixeira de Freitas: A equipe do Liberdade News esteve com os delegados Bruno Ferrari e Manoel Andreetta, que falaram sobre o interrogatório do policial militar, acusado de ter matado o empresário Edvaldo Ferreira da Silva, de 70 anos, na madrugada de sábado (28), dentro do estabelecimento “Segredos Motel”, de propriedade da vítima. O delegado Bruno Ferrari disse que neste momento, com a apresentação voluntária do acusado, ele tem o benefício constitucional de responder em liberdade, uma vez que colaborou com a investigação e apresentou a arma usada.
Segundo o delegado Manoel Andreetta, a tese apresentada pelo acusado é de legítima defesa própria e de terceiros. Segundo o acusado, ele recolheu a arma da vítima devido à aglomeração de pessoas, pois, corria o risco de alguém subtrair o revólver. “A autoria foi definida, materialidade também. Houve as investigações preliminares realizadas pelo delegado Bruno Ferrari, e rapidamente se chegou à autoria. À frente da Pasta de Homicídios, vou me debruçar sobre o caso para concluir o inquérito”, explicou Andreetta. Questionado se poderia ter sido evitado o conflito, o delegado disse: “Se seguirmos o nexo de causa e efeito, fatores subjetivos, não dá para dizer se era possível ou não evitar o confronto”.
“A Polícia Civil não trabalha com achismo, mas a experiência diz que a maioria dos crimes começam por uma situação banal. Tudo deve ser levado em conta, quais as circunstâncias e quais os atos desencadeadores que levaram à morte da vítima. Vamos trabalhar a prova material, as provas objetivas. Iniciaremos as investigações com base nas provas periciais. Os trabalhos estão bem elaborados, o delegado Bruno Ferrari, rapidamente tomou as providências. Logo, as provas subjetivas estão bem encaminhadas. A Polícia Civil vai fazer a sua parte. Vamos trabalhar com segurança para que possamos chegar à verdade e promover a justiça”, finalizou o delegado Manoel Andreetta.
Segundo apurou nossa equipe de reportagem, a arma supostamente é registrada no nome do empresário. Nossa equipe não conseguiu confirmar essa informação, pois, devido ao fim de semana, não foi possível puxar o registro. O acusado, que tem dois anos de polícia, apresentou as duas armas, sendo o revólver funcional (pertencente à PMBA) usado por ele, e o revólver do empresário, que estava com 04 munições intactas e 02 deflagradas. A arma do policial tinha duas munições intactas e 04 deflagradas.
Nossa equipe apurou ainda, que o acusado disse que agiu em legítima defesa, que evitou a todo custo o conflito, que em nenhum momento puxou a arma para o empresário, até o momento em que o empresário atirou no veículo, atingindo a sua amiga, e em seguida, partiu para o lado dele e deu outro tiro, tentando lhe matar. Percebendo o risco, ele desceu do carro e atirou contra o empresário, que até aquele momento teria se apresentado como o segurança do motel. O policial militar Leonardo Santos Teixeira, 21 anos, disse que procurou aquele motel, pois, era o único que estava aberto e que ele levaria a sua amiga para comer algo, mas, por não gostar do cardápio, optou por sair, permanecendo por cerca de 15 minutos no estabelecimento.
Ainda conforme apurou nossa equipe, ele confirmou que a conta teria sido R$ 20, mas que não tinha dinheiro e pediu para pagar no cartão. O Leonardo disse que deixou sua funcional como garantia que voltaria para pagar a conta, e se ofereceu ainda para depositar o dinheiro em uma conta bancária, mas, que o empresário estava muito nervoso, bastante agressivo e alterado. O policial disse também que pegou a arma do empresário porque começou a surgir curiosos, e ele temia que a arma fosse subtraída. Antes de deixar o local, ele ligou para o SAMU, comunicou o fato ao grupo policial no “WhatsAppp” e providenciou o socorro da sua amiga, que estava baleada no ombro.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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