Com apenas 19 anos de idade na época do crime, o réu Glécio Silva Porto, o “Clecinho”, matou com 2 tiros, às 16h de quarta-feira do dia 9 de março de 2005, na Rua Macaúbas no bairro Tancredo Neves em Teixeira de Freitas, a pessoa de Gedeon de Jesus Rocha, com 22 anos na ocasião do homicídio.
No Tribunal do Júri o réu sustentou que antes do crime teria disparado 2 tiros para o alto objetivando fazer a vítima desistir de bater em sua esposa no meio da rua e que não gostando da sua ação de ter separado a briga, a vítima teria ido por sua procura, quando ele disparou os dois tiros por legítima defesa. Contudo, os autos contestam com base em testemunhos que o autor tinha um caso com a mulher de Gedeon, esse que ao descobrir a traição da esposa, teria lhe espancado e o réu se vingou da agressão sofrida pela amante e matou o marido dela.
A defesa do réu que foi dirigida pelo advogado Ivaldo Costa e auxiliado pelo acadêmico de direito da FASB, Diógenes Junior, pediu entre outros benefícios o reconhecimento de ação por legitima defesa. Mas a promotora de justiça Graziella Junqueira que representou o Ministério Público e fora auxiliada pelo estagiário do MP, Álvaro Humberto, reconheceu a parcialidade do crime e sustentou a tese pela condenação do réu por crime de homicídio simples.
O conselho de sentença que representou a vontade da sociedade formado por 5 homens e 2 mulheres, acabou acatando a tese defendida pela promotora Graziella Junqueira e votou no quesito que pedia pela condenação do réu. Tendo o juiz Argenildo Fernandes, expedido o veredicto final já por volta das 19h, em que condenou o réu Glécio Silva Porto, o “Clecinho”, 25 anos, em 10 anos e três meses de reclusão em regime fechado a se cumprir no presídio do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, por crime de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
O homem acusado neste julgamento popular em Teixeira de Freitas, o Glécio Silva Porto, o “Clecinho”, 25 anos, já foi condenado por outro crime de homicídio em Teixeira de Freitas por ter matado uma pessoa quando tinha somente 15 anos de idade e aguarda o seu terceiro julgamento pela autoria de outro assassinato que cometera na cidade. E atualmente carrega também nas costas uma condenação por tráfico de drogas e foi manchete nacional em fevereiro de 2011, quando foi um dos capturados na Operação Birmânia, que prendeu mais de 20 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas e entorpecentes na Bahia e, por este crime, também aguarda julgamento.
Por: Athylla Borborema