Teixeira de Freitas: O jornalismo do Liberdade News foi solicitado, na tarde desta terça-feira, 23 de junho, para acompanhar de perto o drama que sofreu a jovem, Raquel Costa de Oliveira, 20 anos, que perdeu sua filha às 12h00, na Unidade Municipal Materno Infantil (UMMI) de Teixeira de Freitas. Segundo seu esposo, Erick da Rocha, 23 anos, desde o início da gravidez ele vinha acompanhando todos os processos de exames, ultrassom, pré-natal, e a criança estava em perfeito estado na barriga da mãe.
"Quando eu trouxe ela para UMMI, com 36 semanas, eles mandaram a Raquel pra casa, porque não tinha nenhuma dilatação, e que era pra ficar duas semanas em casa, e voltamos ao completar 40 semanas. Com todos os prontuários corretos, eles mandaram a Raquel de volta para casa, e ao completar 42 semanas, ao chegarmos aqui na UMMI, internaram ela. Na última sexta-feira, 19 de junho, ela não tinha nenhuma condição de ter a criança normal, e eles aplicaram uma medicação nela, para o parto ser normal", explicou.
"Levaram ela para o Centro Cirúrgico, fizeram a cesariana na Raquel, e constataram que a criança havia nascido com problemas respiratórios, e o bebê ingeriu as própria fezes. Chegaram para mim e disseram: - Pai o caso de sua filha é grave. Perguntei, por que grave, se ela estava em perfeito estado na barriga da mãe. Por que aconteceu isso agora? Ela não passa bem? Não está no oxigênio para respirar? Estou muito angustiado. A Drª Jamile, ela quem estava tomando conta, ela é a responsável, vou procurar a justiça. Era nossa primeira filha, cheguei a registar pelo nome de “Isabella”, e com muita tristeza, sepultamos nossa filha no Cemitério Jardim da Saudade", desabafou o pai.
Quem falou também à nossa reportagem foi o avô, o senhor Ozemar Oliveira, muito conhecido por “Zé do Óculos”. Indignando, ele disse: A minha filha veio aqui para UMMI para ganhar nenê, na sexta-feira, e aí, após a cirurgia cesariana, a bebê acabou inalando o cocô. Passou por uma situação difícil, precisando de incubadora, e acabou vindo a óbito. Vou buscar a justiça. A UMMI tem que ter mais responsabilidade. Se a gente não fizer isso agora, vão fazer com muito mais pessoas. Tenho certeza que foi uma negligência médica.
A tia da criança, Iara, relatou que a criança morreu ao meio dia desta terça-feira (22), e eles não tiveram coragem de preparar a mãe primeiro, foi dando logo a pancada de vez. Dizem que a criança teria que ficar no hospital, e ela ia para casa. "Não preparou a Raquel para receber a notícia da morte de sua filha, nem sequer um remédio deu para acalmar a mãe cheia de sofrimentos. Isso não pode ficar impune não. Essa medica é muito irresponsável, ela tem que ter mais responsabilidade no que está fazendo. Não é fácil gerar uma criança nove (09) meses na barriga, para depois perder a criança. Queremos justiça".
Nossa equioe de reportagem procurou a direção da UMMI para falar sobre o caso, e recebemos uma nota da Unidade de Saúde. Segue a nota.
"A direção da Unidade Municipal Materno Infantil (UMMI) afirma que irá investigar o ocorrido de forma criteriosa e tomará todas as decisões cabíveis diante daquilo que for apurado e comprovado. A direção da UMMI reitera seu compromisso em bem servir mães e crianças de Teixeira de Freitas e região".
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews