Segundo o Laudo de Perícia Criminal, assinado pelo coordenador supracitado, após o veículo iniciar o processo de perda de controle, ele inclina à direita, tombando e realizando giros por diversas vezes, completando um percurso de 43,0 metros em declive, tipo ribanceira, cercado por densa vegetação de médio e grande porte até alcançar o repouso, ficando parcialmente submerso, com as rodas acima da superfície. O perito constatou que apenas um dos ocupantes do veículo encontrava-se às margens do Rio Mucuri, próximo ao veículo e destacou no laudo referido as lesões percebidas no corpo do jovem Marllonn Amaral: ausência de mão direita, ferida corto-contusa no joelho direito, com equimose e escoriações em flanco e fossa ilíaca lado esquerdo.
Após as análises preliminares, o perito aguardou a retirada do veículo do lago e após isso, continuou os exames e constatou que todos os jovens estavam dentro carro, exceto Marrlonn. Após analise minuciosa no cinto de segurança do carona, ele confirmou sua tese que o cinto havia sido rompido, fato que projetou Marllon para fora do veículo. Os demais ocupantes estavam usando cinto e, em todos os jovens, foi constatado em exames perinecroscópicos que eles estavam em gigantismo e inicial estado de decomposição, com língua protusa e face de pânico, alguns com algumas escoriações leves. O perito faz alusão aos laudos de necropsias que determinaram como Asfixia por Afogamento a causa da morte de Amanda, André, Izadora e Rosaflor. E por Anemia Aguda, a morte de Marllon.
Com base nos resultados dos exames, o perito criminal Dr. Manuel Garrido conclui como causa do acidente a perda do controle por parte do condutor do veículo de placa policial ODC-6985, em realizar manobra com velocidade acima do permitido em pista de declive e curvilínea, resultando na morte de todos os ocupantes do veículo.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews