”Meu marido comprou 6,5 alqueires de terra e tempos depois, vendeu para o Senhor Timóteo Alves de Brito, 30 hectares. Agora ele está querendo tomar tudo”, desabafou a senhora. Segundo ela, a área está devidamente registrada e escriturada. Ela lamenta que desde o ano de 1960 a propriedade pertence a sua família. “Nós lutamos aqui, eu mais meus filhos e, só deus sabe a dificuldade que passamos para adquirir, para limpar aquela área, pois só existia mato. Até fome nós passamos – pra hoje ele querer tomar da gente. É duro. É muito triste. E eu to passando uma dificuldade que só Jesus sabe da minha situação. Eu quero justiça, eu quero justiça. Eu quero que ele entregue o que é nosso”, disparou Dona Benedita.
Segundo o documento de Registro 01/16.265, datado de 02 de dezembro de 2011, o Sr. Temóteo Alves de Brito vendeu para o Senhor Alfredo Peixoto Oliveira, a área supracitada, pelo valor de 35 mil reais. Ainda consta no documento que a área está avaliada em R$ 349.062,00 (trezentos e quarenta e nove mil e sessenta e dois reais). Curioso, uma área avaliada em 349 mil (que ainda não corresponde ao valor real de mercado – pois está abaixo) sendo vendido pela bagatela de 35 mil. Segundo familiares, há indícios de “grilagem” na documentação e a disputa está na justiça, onde o próprio Temóteo colocou advogados para tomar essa área.
Segundo Dona Benedita, já houve uma audiência e não teve acordo, pois ele quer tomar no grito. “Quer tomar o que não é dele. Dele é o que ele comprou e o meu marido escriturou, que é os 30 hectares. Peço o apoio da sociedade e, a Temóteo, que entregue o que é nosso. Eu só quero o que é nosso”, encerrou Dona Benedita emocionada.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews