Além disso, de acordo o advogado, a decretação da prisão anterior foi feita de forma ilegal, pois deveria ter sido requerida pelo Ministério Público, órgão que ofereceu a denúncia e titular da ação, não pelo delegado. E reforçou ainda, que a lei não dá ao juiz a possibilidade de decretar a prisão de ofício, o que seria ilegal. “Concertaram hoje porque o meu cliente acuado com toda essa discriminação, não quis vir. Se ele comparecesse seria preso na audiência de forma ilegal, então correríamos atrás de uma solução”, disse Prates.
Como não compareceu a sessão, a prisão agora foi decretada porque Rodrigo foi legalmente intimado e não compareceu a audiência. O advogado, que também defende os interesses da família de “Arueira”, morto ano passado por policiais da CAEMA, questionou o por quê da aplicação da lei somente ao seu cliente, quando também deveria ser válida aos policiais. “Há uma certa incoerência quando se trata destes assuntos, porque todos são iguais perante a lei. A lei deveria ser aplicada também, para aos policiais da CAEMA que assassinaram Gilberto Arueira. Em nenhum momento a polícia cogitou a possibilidade de requerer a prisão preventiva deste policiais que montaram a cena de crime e tentaram imputar a Gilberto uma conduta criminosa que não existiu”, arguiu Prates.
Em sua defesa apresentada à justiça, Gean Prates, contestou o laudo pericial do acidente, que caracterizou a batida como frontal. Segundo o advogado, o laudo não corresponde à realidade dos fatos, pois afirma que a moto colidiu lateralmente com o carro de Rodrigo. Com isso, o juiz Argenildo acabou por deferir os pedidos de nova perícia e reconstituição do acidente.
“Isso não quer dizer que meu cliente não tenha culpa, mas ele não agiu dolosamente. Nunca a defesa tentou dizer que as vitimas deram causa a esse fato, infelizmente eles foram vítimas, entendemos a dor dos familiares, agora, processos estão acima das emoções humanas, nós temos que ter sobriedade e equilíbrio na busca da verdade. O Rodrigo errou e vai ter que pagar dentro dos limites estabelecidos por lei. E tentarei revogar a ordem dessa prisão preventiva também”, enfatizou Dr. Gean.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews