Teixeira de Freitas: Nossa equipe de reportagem procurou informações sobre os desdobramentos do homicídio tentado, praticado contra um prestador de serviços em uma fazenda na Zona Rural de Vereda. Segundo o advogado de defesa, Rogério Ferraz, é preciso esclarecer alguns pontos desta história. "O primeiro ponto controverso é essa questão do vaqueiro tentar matar o amigo. Não foi dessa maneira, os fatos não se deram dessa forma, Robson (autor) trabalha na fazenda, e ele agiu em legítima defesa (dele), e em legítima defesa da sua patroa, a Dona Andreia", explicou o advogado.
"O Claudio (vítima) chegou na fazenda pela manhã pedindo leite, então, o Robson deu o leite para ele, que permaneceu na fazenda. O Cláudio chegou a bordo de um trator. Após de ter conversado com o Robson, o Cláudio se dirigiu até a casa da Dona Andreia (Proprietária da Fazenda), e fez algumas ameaças de morte. Segundo Dona Andreia, ele a ameaçou de passar o trator por cima dela. Não conseguindo o intento, ele desceu do trator e tentou matá-la com um pedaço de madeira".
"Ele só não conseguiu matar a Dona Andreia porque foi interceptado por Robson, que chegou com um facão em mãos, e agindo em legítima defesa de sua patroa, e de sua própria vida, ele conseguiu impedir que o Cláudio matasse a Dona Andreia, acrescentou. O vaqueiro, Robson dos Santos Souza, 27 anos, relatou que estava na fazenda, e chegou um rapaz pedindo leite. "Aí eu arrumei o leite para ele, e ele disse que não tinha vasilha. Então, o chamei para minha casa, onde ele encheu a vasilha. Ficamos conversando um pouco, ele tomou café, e depois disse que ia embora", explicou o vaqueiro.
"Na sequência, ele pegou o trator e desceu. Eu tinha que apartar os bezerros, quando minha patroa gritou, me chamando. Quando cheguei, ele (Claudio) estava batendo o tratou contra a cerca, e estava me ameaçando, mandei ele ir embora, aí ele me perguntou se eu queria brigar com ele. Eu disse que não, ele disse que ia embora, e fui apartar os bezerros. Quando voltei, minha esposa estava gritando, e ele correndo atrás dela. Ela já estava subindo e eu estava descendo a ladeira".
"Ele estava com um pedaço de madeira e veio para me agredir. Não sei explicar o motivo que ele veio me agredir. Eu estava com o facão na cela, que uso para o trabalho, e só agir em minha legítima defesa. Dei duas facãozada na mão, porque ele estava com um pedação de madeira, e outra no pescoço. Não foi pra matar, só me defendi", finalizou.
A proprietária da Fazenda, Dona Andreia, disse que não sabe o nome dele, mas, ele se apresentou como Cláudio. "Do curral, ele foi para casa do Robson com ele, e logo no período da tarde, ele invadiu o meu quintal. E perguntei, quem era ele, e o que ele queria. Ele disse que eu o conhecia, que eu tinha prometido um emprego, e eu não tinha negado. E disse que não sou obrigada a contratar uma pessoa que não conheço. E ele disse que eu ia pagar por bem ou por mal", explicou.
"De repente ele entrou no trator quebrou minha cerca, quebrou a cancela do curral, quebrou a fiação do telefone da casa, e correu atrás de mim e da mulher de Robson, com o trator, dizendo que ia matar a gente. Resolvi descer um boqueirão, que não tinha acesso para o trator. E ele saiu por trás da casa a pé para pegar a gente, momento em que Robson estava descendo com os bezerros, e viu a esposa dele gritando. Robson corre que o homem (Claudio) vai pegar Dona Andreia, foi quando Robson, desferiu os golpes de facão nele", finalizou.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
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