Teixeira de Freitas: Amanhã, 12 de setembro, completará uma semana do mais ousado assalto a banco em nossa região nos últimos anos. Na última quarta-feira, 05 de setembro, a nossa região viveu momentos de tensão e medo, onde bandidos de São Paulo, viajaram mais de 1.300 quilômetros para tentar perpetrar em Itanhém, um assalto milionário. O assalto mostrou a organização dos criminosos e a prática em cometer tais crimes, pois demonstraram já estar na região há algum tempo, pelo conhecimento do local, da vida cotidiana dos funcionários do banco e da rota de fuga.
Altamente armados, os criminosos paulistas não acreditaram no poder de fogo da polícia baiana no interior, que mesmo em desvantagem no sentido bélico, demonstraram técnica e preparo. Houve baixa da PM com a morte do soldado Cleber Souza, que dirigia a viatura, momento em que os criminosos receberam os PMs com rajadas de fuzil AK 47 e COLT COMAND. Devido à vulnerabilidade do motorista, este foi atingido sem chance de revide. O soldado Alves também foi atingido e ficou ferido até posterior socorro. Os outros quatro policiais saíram da viatura e se posicionaram no que foi uma verdadeira cena de filme. Tiro pra tudo que é lado até o resultado final: morte dos 04 assaltantes, recuperação de todo o dinheiro roubado e apreensão das armas e munições dos bandidos.
O assalto ao BB de Itanhém ainda é o assunto do momento. O que se sabe é que os corpos dos quatro assaltantes foram reconhecidos e retirados do IML no outro dia, 06 de setembro. Familiares de Hilton Dias Lovato, Acácio Gonçalves da Silva e Ivo Alves Quinzinho, trouxeram os respectivos documentos e comprovaram as identidades dos mesmos. Já o Roberto, que anteriormente fora identificado por meio de um RG em nome de Roberto Queiroz Martins, foi identificado por familiares como sendo na verdade Roberto Carlos Martins. Segundo informações, todos já tinham passagem pelo mesmo tipo de crime.
A população não para de comentar que havia outros comparsas. A polícia não descarta esta hipótese e as investigações correm em segredo de justiça. As armas e munições apreendidas foram encaminhadas para a perícia, no Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto (ICAP), em Salvador. O soldado Cleber foi sepultado com honras militares, na capital do estado – e o soldado Alves passa bem e está se recuperando. A morte do soldado foi uma perda irreparável para a Polícia Militar e para a sociedade, mas o desfecho mostrou a força e a organização da polícia baiana, seja no combate frente a frente por parte da PM, especialmente pelos homens da CIPE, seja na parte burocrática do inquérito pela polícia civil.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews