O advogado de defesa do adolescente suspeito de atirar em Hyara Flor, de 14 anos, buscará revogar a apreensão do jovem ou, caso isso não ocorra, solicitará que a pena seja cumprida no Espírito Santo. A intenção é garantir a segurança do menor e de sua família.
O adolescente, também com 14 anos e casado com Hyara, foi apreendido em Vila Velha, Espírito Santo, sob suspeita de cometer um ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado (feminicídio). A vítima, integrante da comunidade cigana, foi baleada em sua casa, em Guaratinga, no extremo Sul da Bahia, no dia 6 de julho.
Segundo o advogado Homero Mafra, a lei de execução penal estabelece que pessoas presas ou apreendidas devem ficar próximas à família. Ele argumenta que o Espírito Santo é a melhor opção, pois na Bahia há maior risco para o adolescente, onde está localizada a família de Hyara.
A Justiça da Bahia solicitou a transferência do jovem, porém, até o momento, ele permanece no Espírito Santo. Após sua apreensão, o adolescente foi encaminhado à Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei (DEACL), onde o Mandado de Busca e Apreensão foi cumprido. Posteriormente, foi levado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), onde aguarda a decisão do Poder Judiciário sobre sua transferência.
DISPARO FOI ACIDENTAL, DIZ SOGRO – Na quinta-feira (27), o sogro de Hyara disse que o tiro que culminou com a morte da adolescente foi acidental após ela brincar com uma arma engatilhada com um dos filhos dele, que tem nove anos de idade. Ninguém da família tinha posse de arma.
Segundo o pai do suspeito, o adolescente que era casado com Hyara não estava na casa onde a jovem sofreu o disparo, mas sim em um galpão próximo à residência.
Fonte: Radarnews