A empresária Lizziane Santos Guimarães Silva, de 43 anos, passou por audiência de custódia e teve a liberdade provisória concedida na sexta-feira (1º), após manifestação favorável do Ministério Público (MP). Como medida cautelar, ela terá que comparecer ao fórum a cada dois meses, até o fim do processo.
Lizziane, que mora em Eunápolis, havia sido detida em Porto Seguro na tarde de quinta-feira (31), após avançar a caminhonete que dirigia contra um protesto na BR-367, na orla norte, e atropelar três mulheres indígenas.
TESTE DO BAFÔMETRO – A condutora foi presa em flagrante por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor sob influência de álcool. No entanto, a defesa afirma que a empresária não estava alcoolizada.
Segundo o advogado Veronilson Firmo Galdino Júnior, sua cliente solicitou, no momento do fato, que fosse realizado teste do bafômetro para provar que não se encontrava alcoolizada. No entanto, o teste não foi realizado.
A defesa esclareceu ainda que a empresária é uma pessoa idônea e, desde o ocorrido, “vem colaborando com a apuração da verdade, a elucidação dos fatos e consequente busca pela justiça”.
ATROPELAMENTO – O caso aconteceu na tarde de quinta-feira, em frente à Reserva Indígena da Jaqueira, na Ponta Grande, quando um grupo de indígenas protestava na BR-367a contra a tese do marco temporal.
Irritada pela interrupção da rodovia, a motorista acelerou a caminhonete e furou o bloqueio de galhos que havia na pista, atingindo as três indígenas. As vítimas sofreram ferimentos leves e passam bem.
Revoltados, alguns integrantes do grupo cercaram a caminhonete e começaram a apedrejar o veículo com a condutora dentro. Também ameaçaram colocar fogo no veículo, que teve os vidros quebrados e a lataria danificada.
Dentro do veículo, os policiais encontraram latas vazias de cerveja e de energético.
Fonte: Radarnews