Teixeira de Freitas: Um fato inusitado e lamentável chamou a atenção na manhã deste domingo (17) no Bairro Cidade de Deus, em Teixeira de Freitas, Bahia. Uma criança de 12 anos, identificada como Elias de Jesus Melgaço, foi encontrada sem vida pela manhã, no quarto de sua residência.
Segundo informações da mãe da vítima, ela encontrou o filho sem sinais vitais e acionou o SAMU por volta das 7h. O médico plantonista, ao chegar no local, constatou o óbito e, por engano, insegurança, ou má fé, informou que a causa da morte seria homicídio.
A informação, "incorreta", gerou um grande transtorno para a família e mobilizou diversas autoridades. A Polícia Militar, a Polícia Civil, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) foram acionadas para o local. A imprensa também se fez presente ao receber a informação que se tratava de um "homicídio".
Inconsistências na informação do SAMU:
É importante ressaltar que, de acordo com uma resolução nacional e uma norma municipal em Teixeira de Freitas, o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) é responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde, através do médico assistente do posto de saúde, do SAMU e por último da UPA. O IML só é acionado em casos de morte violenta.
No caso de Elias, não havia nenhum sinal de violência. Nenhum ferimento, nenhum sangue, nenhum sinal de envenenamento. Diante da inconsistência na informação do SAMU, foi solicitada a presença de diversos profissionais de outros órgãos, gerando custos desnecessários para o Estado e desgaste para a família.
O corpo de Elias foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas, onde passou por necropsia. A causa da morte ainda não foi confirmada e será divulgada posteriormente, mas o que se sabe é que foi confirmada como morte natural.
Família e comunidade indignadas:
A família e os moradores do bairro ficaram indignados com a informação inadequada do SAMU, que gerou constrangimento e sofrimento desnecessários. Uma moradora questionou a falta de bom senso do médico plantonista ao levantar a suspeita de homicídio. " O menino tinha problemas de epilepsia. Era bem cuidado pelos pais, e o médico levanta essa suspeita. Agora a criança vai para o IML, vai ser necropsiada, gerando demora e transtorno", disse uma vizinha.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews