Teixeira de Freitas: A Polícia Civil de Teixeira de Freitas, por meio do Núcleo de Homicídios, finalizou as investigações relativas ao falecimento de Lucieda Lima Magalhães Oliveira, conhecida como "Loira". Ela exercia a função de servente na Secretaria Municipal de Segurança Pública.

Trágico Desfecho em Reunião Festiva: A Demora no Socorro

No dia 7 de abril de 2024, Lucieda estava presente em uma confraternização na casa de amigos, onde perdeu a consciência. Os presentes, acreditando que ela estivesse dormindo devido ao consumo excessivo de álcool, não prestaram socorro imediato. Horas depois, ao perceberem a gravidade da situação, Lucieda foi levada para atendimento médico, onde se constatou uma lesão cerebral severa, resultado de um acidente vascular cerebral (AVC).

Agravamento da Condição e Falecimento após 36 Dias de Internação

Investigações apontam que o AVC sofrido por Lucieda durante a festa foi exacerbado pela demora no atendimento médico. Com o tempo, a lesão cerebral se agravou, levando-a a um estado de morte cerebral ao dar entrada no hospital. Após uma longa luta de 36 dias na UTI, Lucieda veio a óbito no dia 13 de maio de 2024.

Hipótese de Envenenamento Descartada e Fatores de Risco Identificados

Inicialmente, suspeitava-se de envenenamento, mas essa teoria foi descartada após exames toxicológicos e necroscópicos. Lucieda sofria de ansiedade e hipertensão, condições que aumentam o risco de AVC, especialmente quando combinadas com o consumo de álcool.

A possibilidade de omissão de socorro foi investigada, mas não se identificou intenção criminosa por parte dos participantes da festa, dada a percepção equivocada de que Lucieda estaria apenas sob efeito do álcool.

Inquérito Encaminhado ao Judiciário e Novas Investigações em Andamento

O inquérito foi enviado ao Poder Judiciário em 7 de junho de 2024, classificado como fato atípico. Um novo procedimento será instaurado para apurar a conduta de um servidor do SAMU que se recusou a enviar uma ambulância, alegando não atender casos de embriaguez.

Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews