Teixeira de Freitas: Após mais de três anos à frente do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF), o coronel Bartolomeu Calheiros, atual diretor-geral, anunciou na manhã de segunda-feira (26) seu pedido de exoneração do cargo – conforme suas informações, sua saída está prevista ainda para dezembro.
“Eu estou saindo da unidade no próximo mês, já pedi minha exoneração ao superintendente de gestão prisional. Considerei a minha missão aqui já cumprida, satisfeito por ter feito, dentro da minha capacidade, o que eu podia fazer pela unidade”, disse Calheiros. Precedido pelo coronel Osíris Moreira Cardoso, comandante do 13° Batalhão de Polícia Militar, ele afirmou ter a certeza de que “o superintendente vai buscar o nome de uma pessoa que faça um trabalho igual ou melhor do que o meu”.
Atividades laborais e educacionais para os internos: Três foram os pontos positivos que destacou em sua gestão, considerados como os maiores desafios: a contenção dos internos, “buscando administrar todos os inícios de qualquer desentendimento, de forma que não acontecessem motins ou rebeliões”, e, por outro lado, expandir as possibilidades de atividades laborais e educacionais para os internos – o número dos envolvidos aumentou, de acordo com suas informações, em cerca de 1/3, superando os 260 participantes. E ainda, na área jurídica, quanto ao cumprimento do benefício de progressão de regime, que, contribuiu para que a população carcerária não fosse ainda maior.
Associação Ação MultiFoco: No mesmo dia a Associação Ação MultiFoco realizou no CPTF mais uma de suas ações. Uma equipe formada por profissionais da beleza promoveram junto às internas um “Dia de Beleza”, oferecendo serviços como limpeza de pele, manicura e corte de cabelo, cogitando-se a possibilidade de capacitá-las profissionalmente na área, fomentando sua ressocialização. Lucicléia Evangelista, conhecida como Cléo Cabeleireira, comentou que um dos objetivos da associação é realizar ações comunitárias e, no caso, promover a ressocialização das internas e melhora de sua autoestima, enfocando o exercício da cidadania.
“Se nós estamos aqui para cumprir a nossa missão de custodiar as pessoas que cometeram infrações, que cometeram delitos, temos a obrigação de fazer isso com eficiência. Durante o meu tempo de policial militar eu questionava muito a ressocialização, e aqui dentro eu vi que são atividades que devem realmente ser feitas e que têm um resultado positivo, pode não ser aquele resultado que algumas pessoas esperam, mas, mesmo que não sejam todos, se alguns se ressocializarem acho que já vale à pena. Eu fico satisfeito, eu estou satisfeito com o serviço que fiz e com o que aprendi aqui”, comentou Calheiros quanto ao seu ganho pessoal.
Por: Raíssa Félix / Jornal Alerta.