Teixeira de Freitas: A Justiça de Teixeira de Freitas manteve a prisão preventiva de dois indígenas acusados de agredir brutalmente um policial militar durante uma festa em Corumbau no último domingo (13). A decisão foi tomada pelo juiz Dr. Gustavo Vargas Quinamo na tarde desta sexta-feira (18), em audiência de custódia.
Amilson Vieira dos Santos, 41 anos, e Ronaldo Ramos de Souza, 43 anos, foram autuados em flagrante por lesão corporal grave, crime que não admite fiança. A defesa dos indígenas, representada pela advogada Sirlei Menezes, alegou que os clientes são pessoas boas e que a comunidade indígena está mobilizada em busca da libertação dos dois.
A advogada informou que irá recorrer da decisão, buscando um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Ela também mencionou a possibilidade de recorrer a instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça, caso não obtenha êxito na primeira instância.
A comunidade indígena realizou uma manifestação pacífica em frente ao Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, com um "ritual indígena", em apoio aos presos. O DJ Pataxó, um dos líderes do movimento, afirmou que o objetivo é mostrar à população que os indígenas são pessoas boas e que o professor preso é uma figura importante na comunidade.
Entenda o caso:
Dois homens foram presos após agredirem brutalmente um policial militar durante uma festa em Corumbau, distrito de Prado, na madrugada de domingo (13). O crime ocorreu por volta das 2h da manhã, e o policial, que estava de folga, foi socorrido em estado grave para o Hospital Municipal de Itamaraju e posteriormente transferido para o Hospital Estadual Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas.
A CIPE/Mata Atlântica (CAEMA) identificou e prendeu dois dos quatro suspeitos envolvidos na agressão, que foram encaminhados para o plantão do Serviço de Investigação de Local de Crime (SILC). O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Homicídios da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (8ª Coorpin).
Os dois agressores foram flagranteados por crime de lesão corporal grave, que não cabe fiança. O policial militar foi transferido para o Hospital Santa Isabel em Salvador na segunda-feira (14) para receber tratamento adequado às suas lesões graves.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
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