Na terça-feira, 11 de dezembro, sentaram no banco dos réus e enfrentaram júri popular os acusados Vilson dos Santos Martins, mais conhecido como “Cheiro”; Valquires dos Santos Souza, o “Jhonny”, e o ex-policial militar Paulo Sérgio Carmo Pereira.
Os dois primeiros teriam participado da morte do taxista teixeirense, Maurílio Carvalho de Oliveira, 64 anos, morto em abril de 2009, numa emboscada por “Cheiro” e seu comparsa, Valquires dos Santos Souza, o “Jhonny”.
Na ocasião, o então coordenador da 8ª Coorpin, Dr. Nélis Araújo, conseguiu a confissão dos homicidas que indicaram o local onde o corpo havia sido desovado. À época, com riqueza de detalhes, contaram que o crime havia sido contratado por R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) , valor a ser dividido entre os dois. O próprio “Cheiro” levou a polícia à Praia do Farol, local onde o corpo foi localizado, oito dias depois, em avançado estado de decomposição.
A Polícia Técnica constatou que a vítima morreu em razão de inúmeras pancadas na cabeça a mando, segundo os homicidas, do ex-policial militar, Paulo Sérgio Carmo Pereira, que, segundo os próprios acusados, estaria envolvido no tráfico de drogas.
As investigações apontam que o crime teria sido uma empreitada, com características do crime de queima de arquivo. Ainda segundo a acusação, o taxista estaria envolvido no crime de tráfico, transportando droga movimentada entre Teixeira de Freitas e cidades circunvizinhas.
Com o aparecimento do veículo da vítima e com os depoimentos de um taxista da cidade de Teixeira de Freitas e de mais um transeunte de Prado, o delegado da época, então coordenador da 8ª Coorpin, conseguiu chegar aos criminosos.
A causa da execução: Conforme depoimentos dados pelos dois assassinos ao delegado Nélis Araújo Júnior, da 8ª Coordenadoria da Polícia Civil de Teixeira de Freitas (8ª Coorpin), o taxista Maurílio Carvalho de Oliveira, 64 anos, seria justamente o homem que transportava em seu táxi toda a droga movimentada pelo ex-policial militar e traficante em Teixeira de Freitas e cidades circunvizinhas. E foi justamente porque sabia demais que o taxista teve sua morte encomendada e consumada.
Prisão: Na época do crime, o juiz Rogério Barbosa, titular da comarca do Prado, após representação da Polícia Civil, decretou a prisão preventiva do ex-policial Paulo Sérgio Carmo Pereira. Foragido da Justiça do Estado da Bahia, Paulo Sérgio acabou preso no município de Itaperuna, região noroeste do Rio de Janeiro/RJ, na noite de domingo, dia 30 de novembro de 2011. Ele foi capturado por policiais do 148º Distrito Policial (DP) com apoio do Batalhão de Itaperuna (29º BPM).
Por: Primeiro Jornal