Teixeira de Freitas: Familiares de uma criança de três meses compareceram na Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, na manhã deste domingo, informando do seu falecimento. Trata-se de Enzo Ferreira Cajá, que morreu neste domingo, dia 30 de junho, por volta das 7h00 da manhã, na Rua Vinicius de Moraes, no Bairro Colina Verde, suspeito de maus-tratos e falta de alimentação.
Segundo a mãe, Neusélia Ferreira Soares, o seu filho estava com ela e avó da criança ligou várias vezes para que a criança fosse deixada com a mesma, o que foi negado pela mãe, pois na quarta-feira a genitora havia deixado o filho ir para a casa da avó, até mesmo porque o leite estava acabando e ela ainda iria comprar. A avó disse que ela não se preocupasse, que daria um jeito. Segundo a mãe, a avó não comprou o leite e ainda ligou dizendo que o bebê estava tomando araruta com água. A mãe foi buscar o menino, no sábado (29) e disse que com ela, a criança nunca passou fome.
Ainda segundo a mãe, ela pegou o Enzo por volta das 10h30 manhã de sábado e, quando foi por volta das 02h00 da manhã do domingo (30), ele começou a dar febre e a chorar muito. Em seguida ele acabou dormindo e ela o colocou no berço. Por volta das 07h00 da manhã, ela acordou e foi pegar a criança para levar ao médico, mas a mesma já estava morta.
Segundo a tia, Rosilene Lapricho Cerva, 36 anos de idade, a criança morreu por maus-tratos e falta de cuidado da mãe. “Uns oito dias atrás ela foi na roça da minha mãe e não levou a mamadeira da criança, indo para o bar beber e deixando a criança quase o dia todo sem comer, disse a tia. Ainda segundo a tia, a mãe gritou na rua, que a vontade dela era de matar o menino dentro de um balde d’água ou jogar dentro do rio.
Segundo avó, Júlia Paulo Custódio, de 48 anos de idade, ela pegou a criança na quarta-feira e aparentemente o menino não estava com nenhum problema. Na sexta-feira (28) a noite ele começou a apresentar febre e corpo mole. Ela deu o remédio que mãe vinha dando para ele dormir e em seguida, acordou e tomou mamadeira. Ainda segundo a avó, ele acordou bem no sábado e ela também disse, que não deu araruta com água para a criança.
“Ela que dá isso para a criança e ainda me acusa. Na minha casa tem leite e a mãe havia trago araruta. Eu jamais iria dar araruta com água a uma criança”, disse a avó. A avó também afirma que a mãe da criança falou que ia matar o filho na rua de sua casa e que a vontade dela era jogar a criança no rio ou matá-lo afogado em um balde d’água.
O caso está sendo investigado pela a delegada de plantão, Drª. Rina Andrade, que já instaurou inquérito policial, Segundo a médica responsável pelos exames de necropsia, Drª. Márcia Cunha, a criança apresentava sinais de inanição, mas que o laudo com a causa da morte deverá ficar pronto em aproximadamente uns trinta dias.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews