Teixeira de Freitas: Circulam nas redes sociais, áudios de duas candidatas a vereadora na cidade de Teixeira de Freitas, sendo elas, Ana Paula de Oliveira Santos (PDT) e Claudia Cristina Ferreira dos Santos (PDT), as quais estão sendo acusadas em uma Ação de Investigação da Justiça Eleitoral (AIJE) por ser candidatas laranjas. A ação foi impetrada pela defesa do candidato a vereador Ariston Pinheiro (PSDB).
Nos áudios, uma mulher, que se identifica como Lucineia Rodrigues, liga para as duas candidatas e faz alguns questionamentos sobre a candidatura delas, alegando fazer parte de uma pesquisa sobre a participação das mulheres na política. Na conversa com a candidata Ana Paula, fica claro que ela não tem noção nenhuma de política, de candidatura, de como funciona uma eleição. Ela disse que a campanha foi uma novidade.
Questionada sobre o partido em que ela saiu candidata, ela não soube dizer o partido, disse que estava do lado do prefeito Temóteo Brito. Pasmem, questionada sobre qual era o número dela de candidata a vereadora, ela disse que não lembrava, e falou somente número final 775, com muitas dúvidas, e não citou o número inicial do seu partido PDT, que é o número 12. A candidata Ana Paula alegou que não teve "santinho", folheto, e que não lembrava o número.
A Lucineia Rodrigues ligou para a candidata Cláudia Ferreira, que obteve um voto nas eleições. A Claudia já se mostrou mais politizada, mais engajada com o que representa uma campanha política. Questionada sobre a experiência dela como candidata, ela disse que foi convidada, que teve resistência, mas como ela é militante de esquerda, resolveu aceitar, mas no meio do processo ela teve muitos problemas familiares e de saúde, tanto com ela, como com seus pais idosos.
Ela disse que o mundo desabou, que ela não teve condições de prosseguir com a campanha, e chegou alertar os líderes do partido que queria desistir, mas, foi incentivada por eles a continuar. A candidata contou seus problemas de saúde e familiares e até se emocionou. Como eles insistiram que ela continuasse, ela deixou seu nome à disposição, mas não participou, não foi atrás de votos. Questionada sobre a quantidade de votos, ela disse que não teve nenhum, embora tenha tido um voto.
O número da candidata Ana Paula era 12775 e o número da candidata Cláudia Ferreira era 12013. A Cláudia disse corretamente o partido que ela saiu candidata e falou corretamente o seu número. Mas, deixou claro que nem ela votou nela ao dizer que não obteve nenhum voto.
Esses áudios reforçam a ação do candidato Ariston Pinheiro ao questionar na Justiça o uso de candidatos laranjas para que determinados partidos atinjam a quota de gênero. O Juiz Eleitoral, Marcus Arelius, em sua decisão, disse que havia a probabilidade do direito, mas não o perigo da demora. E solicitou a oitiva das partes.
Caso o juiz decida pela cassação da Chapa PDT, os dois candidatos eleitos (Marquinhos Gomes e Carmino) podem perder os mandatos. Eles poderão responder no cargo, já que a diplomação será no próximo dia 17 de dezembro. Somente o TSE pode cassar os mandatos dos dois vereadores, que tiveram uma votação expressiva, representando a vontade do povo através do voto.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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