A três dias para os eleitores brasileiros escolherem seus próximos representantes dos poderes Executivo e Legislativo, a Bahia participa como quarto maior colégio eleitoral, o que corresponde a 7,22% dos votantes do País – ficando atrás somente de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Estado, são 11.291.528 milhões de pessoas aptas a votarem no pleito do próximo 2 de outubro e em um eventual segundo turno, no dia 30 do mesmo mês. Desde as últimas eleições gerais, em 2018, houve um aumento de 8,64% no eleitorado baiano, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que significa quase 900 mil eleitores a mais.
Na Bahia, são 199 zonas eleitorais e 9.345 locais de votação, totalizando 36.847 seções nos 417 municípios, de acordo o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Os eleitores vão escolher candidatos a cinco cargos: presidente, senador, governador, deputado federal e deputado estadual (ou distrital, no caso do Distrito Federal). Concorrem à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) 913 políticos, disputando 63 vagas. Para o Congresso Nacional 39 cadeiras são disputadas por 776 candidatos. No Senado Federal serão eleitas três pessoas por Estado, totalizando 81 senadores. No entanto, os baianos escolherão, este ano, apenas um representante para a função, já que o cargo possui período de mandato específico em comparação às demais funções.
Como em 2018, o eleitorado baiano é composto, majoritariamente, por mulheres (52%) em relação aos homens (47%). Ou seja, são 5.927.765 de eleitoras e 5.363.087 de eleitores no estado. Salvador é a cidade da Bahia com o maior número de eleitores: 1.938.198. Em segundo lugar está Feira de Santana (424.521), seguida por Vitória da Conquista (250.908), Camaçari (191.507), Lauro de Freitas (156.597), Itabuna (156.529), Ilhéus (128.420), Teixeira de Freitas (112.190) e Alagoinhas (111.809).
O aumento no número de cidadãos aptos a votar na Bahia – em 2018 foi de 10.393.170 – corresponde aos pedidos de regularização eleitoral, alistamento (primeira via do título) e a eleitores anistiados que deixaram de votar nas eleições de 2020 e não justificaram a ausência ao pleito. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-BA), desembargador Roberto Maynard Frank, atribui o aumento de quase 900 mil novos eleitores às medidas adotadas para aproximar o público baiano da Justiça Eleitoral.
“Este número reflete o investimento do Regional baiano em projetos inovadores, a exemplo do Núcleo de Atendimento Virtual ao Eleitor, o chatbot Maia (que responde, em tempo real, dúvidas; orienta o cidadão sobre notícias falsas, gera guias de recolhimento de multa e presta informações acerca da convocação de mesários, dentre outros serviços) – e a parceria com o aplicativo de mensagens WhatsApp (pelo número 71 3373-7000). Desburocratizamos os serviços prestados aos cidadãos e criamos recursos para o eleitor resolver as pendências através de canais virtuais, de modo a evitar filas e aglomerações nos cartórios eleitorais e em outras centrais de atendimento ao público”, pontua o magistrado.
Nome social
Pela terceira eleição consecutiva, a Justiça Eleitoral garante que pessoas transgêneras, transexuais e travestis tenham o nome social impresso no título de eleitor e no caderno de votação, o que garante a elas serem identificadas como desejam. Neste ano, 2.694 eleitores na Bahia farão uso do nome social, sendo que em 2018 foram apenas 402, representando um aumento de mais de 570%.
Também nestas eleições, o Estado registra 62.772 eleitores que declararam algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, significando um crescimento de 49,30% em relação a 2018, quando 42.044 pessoas informaram a condição diferenciada. Esses eleitores poderão votar nas 20.741 seções com acessibilidade, considerando o atendimento das necessidades apresentadas.
Eleitores no país
No Brasil, 156.454.011 de cidadãos poderão ir às urnas para escolher os novos representantes nos cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual ou distrital. Isso significa um aumento de 6,21% do eleitorado nacional em comparação com a última eleição geral, em 2018, quando 147.306.275 pessoas estavam habilitadas para votar. Os eleitores estão distribuídos entre as 5.570 cidades do país – incluindo o Distrito Federal e Fernando de Noronha – e 181 localidades no exterior. Como na Bahia, os eleitores do gênero feminino também são maioria no país.
De acordo com o TSE, este é o maior eleitorado já cadastrado na história do País. Ao todo, são 82.373.164 de eleitoras (52,65%) e 74.044.065 de eleitores (47,33%). Há, ainda, outros 36.782 votantes que optaram por não definir gênero, totalizando 0,02%. Na somatória de eleitores, 37.646 farão uso do nome social. Em 2018, esse número foi de 7.945 pessoas, um aumento de 29.701 pessoas que optaram pelo nome social ao se registrarem ou atualizarem dados na Justiça Eleitoral.
O voto no Brasil é facultativo para os jovens de 16 e 17 anos, pessoas acima dos 70 anos e analfabetos. Nas eleições deste ano, 177.548 jovens que terão estas idades em 2 de outubro irão votar na Bahia, sendo que em 2018 votaram 104.674, correspondendo a um aumento de 69,62% de participação da juventude no pleito. No país, o eleitorado desta faixa etária também cresceu: são 2.116.781 aptos a votar.
Fonte: Atarde