O comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, com quartel regional estabelecido em Teixeira de Freitas, tenente-coronel Sérgio Barros Bispo, visitou nesta terça-feira (13/12), comunidades tradicionais que vivem da fabricação de carvão no interior dos municípios de Mucuri e Caravelas, locais onde recentemente o Ministério Público da Bahia e a Polícia Civil da Bahia promoveram uma série de prisões de pessoas envolvidas com o furto de madeira e o transporte ilegal de carvão, além de terem destruído as dezenas de carvoarias das comunidades. Na companhia do capitão Luiz Cláudio, comandante da 4ª Companhia da PM nos municípios de Alcobaça e Caravelas, o tenente-coronel Sérgio Barros conheceu as diversas realidades vividas por estas populações ilhadas pelos cinturões verdes do eucalipto.
O comandante regional da PM visitou nesta terça-feira (13), regiões que ele ainda não havia conhecido em outras expedições da PM. O comandante Sérgio Barros apoiou a política de se tirar estas pessoas do trabalho ilícito, mas defendeu que antes da repressão tem que se ter a solução do destino destas pessoas dentro de uma política de responsabilidade social para que essas trabalhem dignamente sem que sejam infringidas nos seus direitos de trabalharem no campo, no seu habitar natural. O comandante Sérgio Barros disse ainda que a Polícia Militar da Bahia não está e nem nunca estará à serviço de empresa alguma, estando sempre lutando pelos interesses do cidadão e do coletivo social.
Na quarta-feira do último dia 7 de dezembro, no distrito de Juerana, município de Caravelas, uma carreta e uma máquina de cortar eucalipto, pertencentes a uma empresa contratada da Suzano Celulose e Papel, foram incendiadas por volta das 22 horas, por ocasião, que escritório da empresa Suzano em Juerana foi totalmente depredado. Na quinta-feira, dia 08, um microônibus da VIX Transportes, outra prestadora de serviço às empresas de celulose e papel na região, também foi queimado por homens desconhecidos nas imediações do Aeroporto de Caravelas, mais precisamente nas imediações da entrada do povoado de Aparajú, por ocasião que no ato criminoso ficou ferido com queimaduras em várias partes do corpo, a pessoa de Erivelton Roberto Santos.
Também naquela quinta-feira (08), um ônibus de uma outra empresa prestadora de serviço à Suzano, foi queimado numa região conhecida como “Picadão da Bahia”, na divisa do município baiano de Mucuri, com os territórios dos municípios capixabas de Pedro Canário e Conceição da Barra. Os ataques teriam sido em revolta às destruições dos fornos de carvão nas comunidades tradicionais nos municípios de Caravelas e Mucuri.
Por: Athylla Borborema