Caravelas: Depois que a Suzano Papel e Celulose destruiu os pequenos fornos que eram utilizados por trabalhadores braçais para fazer carvão, pais e mães de famílias estão passando fome: Nossa reportagem esteve na tarde desta sexta-feira dia 13/01, em Juerana distrito de Caravelas, onde constatou de perto o sofrimento das famílias que tiravam o alimento dos filhos da fabricação e venda do carvão.
Nosso repórter foi até a casa da Sra. Neuza dos Santos, de 37 anos, mãe de quatro filhos, moradora do bairro Colina Verde, em Juerana, ela que teve o forno destruído pelas grandes empresas Suzano e a Fíbria, a situação para ela e os filhos estão difíceis.
“Sou uma mulher sozinha, mãe de quatro filhos, era do meu forno que eu tirava o sustento dos meus filhos, tenho uma filha com problemas de saúde, mas meu forno foi destruído pelas empresas. Minha conta de energia está suspensa por falta de pagamento, não tenho como pagar as contas”, disse Neuza Almeida.
Quando a “Operação Cruzeiro do Sul” foi deflagrada na Bahia, no dia 07 de dezembro, o promotor de justiça da GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) Dr. Gervásio Lopes: “é bom deixar claro que, nosso alvo é de médio a grandes produtores de carvão que agem forma irregular, os pequenos produtores neste primeiro momento não”, disse Dr. Gervásio Lopes.
Mas, não foi o que nossa reportagem contatou, andando em Juerana, podemos ver diversos fornos destruídos e famílias passando fome, a única coisa que encontramos foi inúmeras plantações de eucaliptos da Suzano e da Fíbria e pais de famílias desempregados sem ter opção de vida.
Ao decorrer da semana, matérias relacionadas serão veiculadas neste veículo de comunicação, mostrando o sofrimento, desemprego e os maus-tratos que a Suzano e a Fíbria causaram a população do Extremo Sul da Bahia.
Por: Edvaldo Alves e Tiago Ramos/Liberdadenews