Bernardo Almeida Brito, de 42 anos, que sofreu uma tentativa de homicídio na manhã do último domingo, dia 26 de fevereiro, por sua ex-companheira, Andreane Santos Moreira, de 20 anos, que está presa, foi morto na noite desta sexta-feira (02) dentro de sua casa quando estava jantando. O crime aconteceu cinco dias depois, no mesmo lugar onde ele sofreu a tentativa de morte no domingo. O homicídio ocorreu por volta das 19h30 na rua Marechal Rondon, no bairro Bandeirante, na cidade de Itabela.
Segundo uma irmã da vítima, um homem ainda não identificado entrou na casa onde Bernardo morava na companhia de sua mãe e, sem dizer nada, desferiu duas facadas no tórax da vítima.
Bernardo estava sentado na cozinha perto de sua mãe, que chegou a ver o assassino, mas devido à idade avançada e a pouca visão, não conseguiu descrever o elemento. Após ser furada, a vítima ainda tentou sair da casa e chegou a caminhar por alguns metros, mas em seguida caiu de bruços já sem vida na sala da residência.
As marcas da violência ficaram no local. Muito sangue se espalhou pelos móveis, paredes e chão. Bernardo Almeida Brito, contou em depoimento quando foi ouvido na delegacia de Itabela no domingo, dia 26, que era a quarta vez que sua ex-companheira, Andreane, tentava contra a sua vida. Segundo ele, a ex não aceitava o descumprimento de um acordo entre os dois e vivia o ameaçando de morte.
O acordo a que Bernardo se referiu é que sua ex não o perdoava por ele não ter ajudado na fuga de José Raimundo, um bandido de alta periculosidade, com quem sua ex-companheira tinha um caso amoroso. José Raimundo foi morto no ano de 2011.
O comandante do 4º Pelotão da Polícia Militar de Itabela, capitão Jozival Silva, que atendeu à ocorrência, nos contou que ainda não tem conhecimento de quem foi o autor e nem os motivos do crime. Mas para o comandante, o homicídio pode ter relação com a prisão de Andreane.
A polícia fez o levantamento cadavérico no local e encaminhou o corpo de Bernardo para o Instituto Médico Legal de Eunápolis (IML) para ser necropsiado.
Por: J. Alencar