Ibirapuã: O fato aconteceu no último dia 24 do mês passado, quando o vereador e ex- presidente da Câmara de Ibirapuã ,Ninho Mendes, em um acesso de fúria agrediu com socos e pontapés sua esposa. O fato aconteceu em frente o Ginásio de esportes de Ibirapuã onde acontecia um jogo disputado por alunos da escola municipal professor Paulo Freire, onde a esposa do vereador é diretora.
Segundo várias testemunhas que não quiseram ter os nomes revelados, Ninho Mendes, estava no ginásio. No final do jogo, a diretora foi cumprimentar os alunos pela vitória, quando o Edil em um acesso de ciúmes de um jovem de prenome Gú, partiu pra cima da esposa e começou a agredi-la com socos e pontapés.
Depois de muita luta os amigos conseguiram conter o valentão. Na segunda feira, 26/03, foi registrado um Boletim de Ocorrência na delegacia de polícia de Ibirapuã. O que chama a atenção, é que a queixa foi registrada somente como ameaça, o que segundo uma vereadora do município que pediu para não ter o nome revelado já que é colega do vereador, as ameaças contra a mulher e o filho são constantes.
Nossa equipe de reportagem esteve na delegacia de polícia, tentando conseguir uma cópia do Boletim de Ocorrência e, Infelizmente, não conseguimos. A delegada responsável pela delegacia de polícia civil da cidade, Maria Luiza, não autorizou o acesso ao documento, alegando ser um caso de família.
Questionada se este seria um caso para a Lei “Maria da Penha”, a delegada disse que não. No inquérito encaminhado ao Fórum, o vereador foi denunciado por ameaças e danos materiais, já que o mesmo colocou fogo nas roupas e em vários pares de sapatos da vítima.
O fato mais inusitado é que toda a cidade se uniu para blindar o caso! Muitos comentam, mas ninguém quer aparecer. Isso porque o vereador pertence a uma família tradicional da cidade, e por ser uma cidade pequena, todos tem medo de represálias, principalmente os funcionários públicos.
Questionada sobre as agressões sofridas pela vítima, a delegada Maria Luiza foi enfática ao dizer que não houve agressão, apesar de nossa equipe de reportagem ter ouvido várias pessoas na cidade, afirmando tal fato. A resposta da delegada foi em forma de pedido, para que levássemos as testemunhas para deporem na delegacia.
Por: Neuza Brizola