Aracruz, 14 de maio de 2012 – A Fibria realizou mais uma importante etapa na estratégia de redução do seu endividamento. A oferta primária de ações, anunciada em março e concluída em 30 de abril, viabilizou a captação de R$ 1,3 bilhão por meio da emissão de 86 milhões de ações ao preço de R$ 15,83/ação. Adicionalmente, a Companhia anunciou a venda dos ativos florestais da Bahia Produtos de Madeira no valor de R$ 235 milhões, cujo recebimento está previsto para fim de junho. Os recursos desses eventos de liquidez contribuirão para os resultados do segundo trimestre de 2012.
No primeiro trimestre, destaca-se o recorde na produção de celulose de 1,3 milhão de toneladas, volume 3% superior ao último trimestre de 2011 e 1%, na comparação ano contra ano. Este resultado demonstra a contínua excelência operacional da Fibria, mesmo com a parada programada para manutenção na Unidade Veracel. Praticamente 100% desse volume foi vendido - 1,31 milhão de toneladas, 4% a mais se comparado a igual período em 2011. A Europa foi responsável pela maior demanda da commodity, 44%, seguida pela Ásia (28%), América do Norte (18%) e América Latina (10%).
O custo caixa de produção, excluindo os efeitos da parada, foi de R$ 444 por tonelada, uma queda de R$ 2 por tonelada em relação ao mesmo período de 2011, quando a inflação foi de 5,2% no acumulado dos últimos 12 meses. Essa redução foi possível devido à otimização de processos e ao menor consumo de químicos, a exemplo da nova linha de branqueamento da fábrica A de Aracruz.
Em função da ausência da operação de papel (Unidade Piracicaba) e da redução no preço médio líquido da celulose em reais, a receita líquida somou R$ 1,27 bilhão e o Ebitda foi de R$ 377 milhões – 18% e 38% inferior na relação ano contra ano, respectivamente. A margem Ebitda foi de 30%. Com uma melhora significativa no resultado financeiro, explicada pela desvalorização do dólar em relação ao real de 3% em comparação com a valorização de 1% verificada no trimestre anterior, a Fibria registrou prejuízo de R$ 10 milhões ante os R$ 358 milhões de prejuízo no último trimestre de 2011.
A dívida líquida registrou queda de 5% na comparação com o último trimestre de 2011, totalizando R$ 8,965 bilhões, principalmente em função da variação cambial, uma vez que a Fibria, empresa de natureza exportadora, tem 93% da dívida indexada ao dólar. Se considerados os recursos obtidos com a oferta de ações (recebidos em 30 de abril) e a venda da Bahia Produtos de Madeira (BPM), cujo pagamento está previsto para final de junho, a dívida líquida pró-forma da companhia seria de R$ 7,4 bilhões, uma representativa redução de 22% em relação ao trimestre anterior. O caixa pró-forma somaria R$ 3,6 bilhões, o equivalente a 3,3 vezes a dívida de curto prazo, reforçando a posição de liquidez da companhia frente aos compromissos previstos para 2012.
Sustentabilidade – A Fibria lançou seu Relatório de Sustentabilidade 2011 com as ações socioambientais da empresa, cujos fundamentos são o uso responsável dos recursos naturais, o fomento do desenvolvimento e do bem-estar das comunidades vizinhas e a conservação e recuperação dos ecossistemas nativos. O documento, que segue às diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI G3.1), detalha as prioridades relacionadas à sustentabilidade que balizam a estratégia da empresa.
Sobre a Fibria: Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas anuais de celulose, com fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint venture com a Stora Enso. Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel – Terminal Portuário de Barra do Riacho (Aracruz, ES). Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis localizados nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia, a Fibria trabalha com uma base florestal total de 1,077 milhão de hectares, dos quais 405 mil são destinados à conservação ambiental.
Por: Liberdadenews/Ascom