O advogado Igor Assunção informou ao RADAR 64 que pediu a revogação da prisão preventiva do médico Luiz Carlos Pineli, 65 anos. Ele está detido na delegacia de Eunápolis, desde a noite do último sábado (21), sob a acusação de ter agredido a mulher, Jaqueline Scaramussa, 40.
O documento foi protocolado segunda-feira (23), na 2ª Vara Criminal da Comarca de Eunápolis. A petição deve ser analisada pelo juiz titular, Heitor Awi, na quarta-feira (25).
Em entrevista ao site de notícias, o advogado declarou que anexou ao pedido de liberdade fatos que comprovariam que Jaqueline teria usado artifícios para simular uma agressão.
Segundo ele, dois pontos devem ser levados em consideração. O primeiro, de acordo com o advogado, é a respeito de uma pancada que teria provocado a perda de dois dentes da arcada superior da mulher.
Conforme Igor Assunção, fotografias comprovariam que Jaqueline usava uma prótese na arcada superior, retirada por ela, no momento do flagrante, para simular que teria perdido os dentes.
O outro ponto destacado pelo advogado são imagens de câmeras de segurança instaladas na casa onde ocorreu um fato, em uma fazenda na zona rural de Eunápolis. As imagens mostrariam Jaqueline arremessando objetos e também se auto agredindo.
Por fim, Igor Assunção declarou que a defesa acredita na inocência do médico Luiz Carlos Pineli e que tudo isso vai ser comprovado nos autos.
JAQUELINE MUDA VERSÃO E ATACA REPORTAGEM – Em conversa com o RADAR 64, por telefone, na manhã desta terça-feira (24), Jaqueline Scaramussa resolveu negar tudo o que havia denunciado à polícia, conforme mostra ocorrência a qual a reportagem teve acesso.
Incialmente, ela pediu a exclusão da notícia, alegando que foi uma simples briga de casal, que seu marido já tinha sido solto e que ela iria retirar a queixa contra ele.
Informada pela Redação que o médico ainda continuava preso, por determinação da Justiça, e que o assunto tinha valor jornalístico, pois era baseado em fatos reais e de interesse público, ela resolveu criticar o meio de comunicação em suas redes sociais, usando, inclusive, palavras ofensivas e ameaçando mover um processo, pois se tratava, na visão dela, de uma “informação falsa”.
No entanto, a reportagem foi feita com base em documentos oficiais da polícia e da Justiça, aos quais tivemos acesso. A prisão em flagrante do médico foi convertida em prisão preventiva, ainda no sábado, pelo juiz plantonista Leonardo Santos Vieira Coelho, que também concedeu medida protetiva para a vítima, com base na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006.)
Fonte: Radar64
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