Mucuri: Na manhã desta terça-feira, 11 de dezembro, chegou ao fim os boatos de que uma senhora de 92 anos tenha sido enterrada vida no último dia 20 de novembro, no distrito de São Jorge, Município de Mucuri. O caso repercutiu na região e deixou familiares apreensivos durante todos os dias que se passaram, desde o momento em que o coveiro do cemitério local afirmou ter ouvido batidas de dentro do caixão da idosa durante a finalização do enterro.
A idosa, identificada como Francisca Botelho Barbosa, 92 anos de idade, moradora do distrito, faleceu em casa na madrugada do dia 20 de novembro. O falecimento ainda foi comunicado à Polícia Civil, que acionou o Departamento de Polícia Técnica para efetuarem a remoção e posterior exames necropsiais. Porém, familiares conseguiram com um médico do município, que este atestasse a morte da idosa. O médico assinou a declaração de óbito como causa natural. Quando o IML chegou ao local, a idosa já estava sendo velada.
Segundo informações, dona Francisca foi sepultada na noite do dia 20, por volta das 19h30, quando chovia muito. Fato que acabou não sendo possível concluir o enterro. NO outro dia pela manhã, já com o caixão na tumba, o coveiro foi concluir o sepultamento e ao terminar de enterrar a idosa, disse ter ouvido batidas. Assustado saiu correndo e avisou os familiares. Mas sem poder violar o túmulo, a família procurou a polícia, que tomou as medidas cabíveis, ouvindo o coveiro e enviando o procedimento ao Ministério Público.
O juiz da Comarca de Mucuri, Dr. Leonardo Coelho, autorizou a exumação do corpo da senhora e nesta manhã de terça-feira (11), compareceu ao cemitério do distrito de São Jorge, o delegado titular da DEPOL de Mucuri, Dr. Sanney Simões; os peritos Dr. Bruno Melo e Everton dos Anjos e o perito médico, Dr. Welson Jorge. Segundo informou os peritos, não foi encontrado nenhum sinal de que a idosa teria sido sepultada viva, pois as flores do caixão estavam preservadas e arrumadas e o não houve nenhuma mudança na posição de repouso do corpo.
Segundo o perito Bruno Melo, o peso da terra molhada forçou o caixão, mexendo em sua estrutura, fazendo com que este emitisse o barulho. Assustado o coveiro imaginou até que houvesse um grito de socorro.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews