Teixeira de Freitas: Na tarde desta quinta-feira, 19 de dezembro, o juiz Marcus Aurelius Sampaio, da 1ª Vara Cível da Comarca de Teixeira de Freitas, deferiu a liminar impetrada pelos advogados da AJACON (Acessoria Jurídica e Contabilidade), Dr. Ezequias Alves e Dr. Philippe Vieira, requerendo ao juiz que determinasse a internação compulsória do jovem deficiente mental, Isaque Trindade Campos, 22 anos. mutilado pelo uso excessivo de drogas, especialmente por uma substância vulgarmente conhecida por “Crack”. A liminar visa atender a uma ação de medida protetiva de urgência para tratar da dependência química do jovem.
Familiares se viram obrigados a acorrentar o jovem, na tentativa desesperada de evitar que este consumisse mais drogas, evidenciando o sofrimento e a luta da família, comprovados por esta ação. O jovem Isaque se nega a aceitar a internação, fato confirmado através de laudos médicos. Na liminar dos advogados da AJACON, o pai de Isaque, o Sr. Adercamedio Trindade da Silva, 57 anos, é nomeado curador para internar e acompanhar o tratamento especializada para viciados em substâncias entorpecentes.
O promotor de justiça Anselmo Lima Pereira, titular da 5ª Promotoria de Cidadania e Proteção à Moralidade e ao Patrimônio Público e Cível da 1ª Vara, já havia se pronunciado na ação e opinou pela internação do jovem e pronunciou, caso fosse necessário, que fosse usada a força policial para que o rapaz fosse levado à internação. Com a decisão da justiça, o rapaz que começou a fumar “Crack” desde os 16 anos e há 1 ano a droga lhe fez perder a memória, será levado para uma clínica especializada para dependentes químicos na cidade de Conceição da Barra/ES.
Para o advogado Ezequias Alves, da AJACON, a decisão do juiz Marcus Aurelius Sampaio foi muito justa, uma vez que o sistema Judiciário assume relevante papel para a efetividade dos direitos reconhecidos pelo sistema legal, e deve, por isso mesmo, atuar no sentido de dar a devida proteção ao cidadão titular de tal direito, ainda mais quando se trata de pessoas em estado de vulnerabilidade, como é o caso da família do jovem Isaque, sendo necessário o socorro pela via judicial, para fazer valer seu direito constitucional de assistência a saúde.
A decisão traz um pouco de esperança para uma família desolada e que se sentia à beira de uma tragédia anunciada. A esperança ressurge neste tratamento que será iniciado ainda esse ano, diminuindo, sobretudo, o sofrimento de uma família que havia perdido a paz, o sono, a saúde e até mesmo a fé na vida, diante do comportamento suicida de um filho que caiu em um poço profundo do vício de onde não tem mais forças para sair.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews