Teixeira de Freitas: Desde a prisão do médico angiologista, Dr. Marcelo Souto, por dirigir embriagado, que o caso tem causado polêmica e dividido opiniões. Após a prisão, o profissional de saúde deu uma declaração bombástica, ameaçando todos os policiais que chegassem ao seu plantão, afirmando que os deixariam sentir dor, entre outras infelizes palavras que o fez ferir sua ética profissional e seu juramento médico: “A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.” [...]
“A ética profissional é constituída por princípios da conduta humana que define diretrizes para o exercício de uma profissão, a qual é controlada pelo estado, exigindo que todos atuem submetidos a algum controle moral, que normalmente é baseado em um código de ética, sujeito a um mecanismo de fiscalização. Nesse código, encontram-se normas e regras de conduta, mostrando direitos e deveres que os profissionais são obrigados a respeitar” <http://etica-medica.info/>.
Na Medicina, a responsabilidade e os deveres no desempenho do ofício são ainda maiores, pois estes profissionais lidam com o corpo humano, a saúde e a vida dos seus pacientes. Dessa forma, um erro pode proporcionar danos irreparáveis à vida e quiçá levar a morte. E se esse “erro” for proposital, ai deixa de ser fatalidade e passa a ser crime. Se ele [Marcelo Souto] agiria conforme professado, ninguém pode afirmar, e nenhum policial gostaria de arriscar. Mas, quem iria pagar para ver?
Entidades, associações de policiais, lideranças políticas e a população se manifestaram sobre o assunto, e mostraram indignação por conta da conduta do Doutor Marcelo. Embora algumas pessoas tenham o defendido, dizendo que algumas discussões tomaram conotações pessoais, várias denúncias de sua conduta profissional surgiram. Inclusive um caso recente de suposto erro médico, que levou uma paciente a perder uma das pernas. Fato acontecido com a senhora Clemência Barbosa da Silva.
Diante de tantos fatos, a Secretaria de Saúde se manifestou em procedimento interno e resolveu suspender o contrato do referido médico, que acumulava as funções de Médico Plantonista da UTI, Plantonista do SAMU e Plantonista de Cirurgia Geral e Vascular no HMTF. A suspensão foi publicada no último dia 09 de abril. Talvez seja o fim de sua carreira em nossa região, pois, a situação tomou proporções insustentáveis, com perda de credibilidade, tanto na administração municipal como na sociedade em geral.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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