Teixeira de Freitas: Uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi divulgada nesta semana mostrando o Ranking dos Municípios mais Violentos do Brasil, em relação aos dados coletados no ano de 2015, cujas vítimas de morte violenta [homicídio] contabilizaram 59.080 pessoas, o que equivale a uma média de 28,9 mortes a cada 100 mil habitantes. A Bahia se destacou como o estado com maior número de cidades na lista das 30 mais violentas do país. Teixeira de Freitas ficou com a 7ª posição no Ranking Nacional divulgado pelo IPEA, com 114 homicídios registrados em 2015, o que equivale a uma taxa de 88,1 homicídios a cada 100 mil habitantes.
A equipe de redação do Liberdade News realiza, há tempos, a contagem de todas as mortes violentas [homicídio] ocorridas anualmente em Teixeira de Freitas, pois, o site é especializado em reportagens policiais, segmento pelo qual já foi reconhecido regionalmente e até nacionalmente pelos serviços prestados. Por conta da divulgação de números alarmantes de crimes contra a vida, de roubos e outros crimes não solucionados na cidade e também, por conta das cobranças ao delegado coordenador da 8ª COORPIN, na época, para que ele mostrasse resultados nas investigações, pois, raríssimas eram as elucidações de homicídios, o jornalista Edvaldo Alves começou a sofrer censura e perseguição por parte do antigo coordenador.
Na ocasião, Edvaldo Alves era o âncora do Grande Jornal, programa policial da Rádio Sucesso FM 104,9, que ia ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 15h. O coordenador chegou a pedir as gravações do Grande Jornal na íntegra, não apenas de programas já apresentados, como outros que ainda iriam ao ar, em uma atitude clara de censura. Não bastasse o uso da censura utilizada pelo delegado, se bastando da sua posição de coordenador regional de polícia, o delegado ainda entrou com processo contra o jornalista, com inúmeras alegações e acusações, até hoje não provadas. O curioso e o que chama a atenção é que os números dessa pesquisa só vieram confirmar que as “cobranças” faziam sentido.
Os números provam a necessidade de cobranças. Em 2015 foram 114 homicídios e pouca ou nenhuma elucidação. E as cobranças, vale ressaltar, não se faziam de forma pessoal, mas, eram cobranças que vinham dos moradores da cidade, e o jornalista, executando o seu ofício, tinha mais é que fazer valer a voz do povo. Os números em 2016 mais uma vez mostraram que era preciso cobrar mais ação da polícia judiciária, pois, foram registrados 121 casos de crimes contra a vida. Ao invés de diminuir, houve um aumento no número de pessoas assassinadas no ano subsequente a 2015. E a coordenação continuava na inércia. Uma boa equipe de investigadores, viaturas novas e parecia que a Polícia Civil andava de braços cruzados.
Por apenas fazer valer a voz do povo, que ligava para a rádio, enviava mensagens, e-mails, o radialista Edvaldo Alves foi perseguido e censurado. Mas, os números dessa pesquisa do IPEA vieram mostrar quem estava certo. Que realmente havia motivos para a cobrança. O papel da imprensa é divulgar, é cobrar, é dar o direito do contraditório, e isso foi feito de forma profissional e isenta. Não é preciso ser expert em violência e segurança pública para saber que onde há impunidade, há aumento da criminalidade. O papel da Polícia Judiciária é de investigação, de solucionar casos. Se isso não ocorre, naturalmente haverá mais violência.
Os números mais uma vez provam essa máxima. Com a nova coordenação, desde janeiro de 2017, foi implantado o Núcleo de Homicídio e Tráfico e o número de elucidações de crimes esse ano já bate recordes jamais vistos em nossa cidade. Houve uma considerável diminuição no número de homicídios em Teixeira. Nossa equipe já contabilizou 43 homicídios até o início desse primeiro semestre. Se mantiver esse ritmo, já haverá uma diminuição de quase 30% no número de mortes em relação a 2016. Era esse tipo de trabalho que o povo queria ver. Era isso que era cobrado. Sempre é possível melhorar, mas, não entenderam o nosso recado.
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