Teixeira de Freitas: Coordenado pela delegada Valéria Chaves, coordenadora da 8ª COORPIN, o Núcleo de Homicídio e Tráfico, comandado pelo delegado Manoel Andreetta, delegado titular da Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, concluiu mais um inquérito que investigava uma tentativa de homicídio ocorrida na cidade. O crime investigado aconteceu no dia 15 de julho de 2016, por volta das 19h20, e teve como vítima, Cleyton Daniel Silva de Assis, que foi alvejado a tiros na sua residência, localizada na Rua D, no Bloco 25, no Residencial Castelinho.
Os disparos foram efetuados por dois atiradores, que após alvejar Cleyton, fugiram. Pois, a vítima se fingiu de morta. As investigações apontaram que um dos autores dos disparos foi o homicida Ivanildo Pereira dos Santos, vulgo “Negão”. Segundo as investigações, os autores chegaram na residência da vítima e o chamaram pelo nome, e assim que abrir a porta, Cleyton foi surpreendido com os disparos de arma de fogo. Ele então, fugiu e foi perseguido pelos atiradores, e acabou alvejado e caiu em um dos quartos da residência.
Os assassinos, achando que a vítima estava morta, fugiram do local. Cleyton foi socorrido ao Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, onde foi submetido à procedimentos cirúrgicos e acabou se recuperando dos ferimentos. A vítima, após receber alta médica, foi conduzida à sede da 8ª COORPIN, onde foi ouvida e acabou reconhecendo Ivanildo, o “Negão”, como um dos atiradores. Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime foi acerto de contas ligadas ao tráfico de drogas. A vítima já possuía passagem por tráfico de drogas, e isso pode ter motivado a cobrança.
Outro agravante, foi que a vítima começou a ter um relacionamento com a namorada de um traficante que pertence ao grupo de traficantes que atuam no Bairro Castelinho. O reconhecimento de um dos autores se deu após o capacete de Ivanildo cair durante os primeiros disparos. O N.H.T revelou que Ivanildo era o principal executor do tráfico de drogas, e que iniciou sua jornada criminosa trabalhando para o traficante Romário Gumieiro, o “Barrão”, executado no Bairro Nova América. Após a morte de Barrão, outro traficante assumiu a liderança do grupo.
Segundo a Polícia, a liderança foi assumida por Luan Fergon Gonçalves, o vulgo “Lampião”, que tinha como braço direito Jamilton Pontes dos Santos, o “Jal”. Ambos cumprem pena no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas. A dupla contava com os "serviços" dos irmãos Augusto José Cardoso, o “Zóio do Pátio B” e Joaquim Dias Cardoso, o “Bracin”, que segundo a Polícia Civil tentam comandar de dentro da unidade prisional, ações criminosas como tráfico e homicídios nos bairros Nova América, Castelinho, Caminho do Mar I e II, Residencial Castelinho, Loteamento Nanuque e João Mendonça.
O inquérito está sendo finalizado e, com apoio do CPTF, a Polícia Civil irá ouvir os envolvidos. O CPTF poderá pedir a transferência de internos que tentam manter controle sobre ações criminosas. A Polícia Civil irá finalizar o relatório e deverá pedir a prisão preventiva dos autores já identificados. Segundo o Manoel Andreetta, o trabalho de inteligência e o mapeamento da área de atuação de grupos criminosos estão ajudando a Polícia a chegar nos chefes e mandantes de crimes. Andreetta ainda disse que o apoio da Polícia Militar, na pessoa do Major Silvio Nunes; do CPTF, na pessoa do Tenente Coronel Osires Cardoso, e do Judiciário, está sendo fundamental nas elucidações, atuações e prisões.
Por: Rafael Vedra/LiberdadeNews