Ibirapuã: Um pedreiro de 42 anos foi preso por assassinar e concretar o corpo da namorada, uma faxineira, 32, no terreno de um sítio em Praia Grande, Fundão-ES. Silvio Fabiano de Carvalho Vieira matou, estrangulada, Graciele Santos Vieira, após um suposto ataque de ciúmes. Ele foi preso durante uma operação da Delegacia de Especializada em Homicídios Contra a Mulher (DEHCM), em Ibirapuã, extremo sul da Bahia.
O crime ocorreu no dia 14 de abril deste ano. Segundo o delegado Janderson Lube, titular da DEHCM, em depoimento, o pedreiro confessou o assassinato. À polícia, Silvio disse que Graciele teria esquecido o celular na casa dele, momento em que teria visto mensagens trocadas com outro homem. No dia 14, eles se encontraram e, após Silvio Fabiano questioná-la sobre as mensagens, os dois teriam brigado, na casa dela, no bairro Balneário Carapebus, na Serra.
“Ele diz que ela pegou a faca e partiu para cima dele, momento em que ele tomou o objeto e aplicou um mata-leão, até que ela ficasse sem vida”, contou Lube. Após matar Graciele, o pedreiro colocou o corpo em um carro, foi até o sítio onde trabalhava em uma obra, em Praia Grande, no final de semana, quando não havia mais ninguém, e ocultou o corpo.
Para isso, ele enrolou Graciele em um tapete, cavou uma cova, colocou uma base de cimento, jogou o corpo por cima e depois terminou de concretar, ainda colocando terra para esconder o local. Depois disso, Silvio voltou a trabalhar normalmente. Ao ser questionado pela família de Graciele sobre o desaparecimento, ele disse que não sabia do paradeiro da namorada.
Silvio ainda registrou um boletim de ocorrência da Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DPD). “Ao ver que o cerco estava apertando para o lado dele, Silvio registrou o boletim de ocorrência, cerca de uma semana depois do assassinato. Depois ele resolveu fugir”, contou o delegado.
Em julho, após as investigações apontarem para feminicídio, um mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça e o pedreiro passou a ser procurado. O pedreiro foi preso na casa de parentes em Ibirapuã, mas antes ele passou por várias cidades e até para fora do país. “Rio de Janeiro, São Paulo, Argentina, Maranhão, Piauí e agora nos últimos dois meses estava no estado da Bahia”, completou o delegado.