Teixeira: Família de Daniel pede perdão pela morte do idoso e diz que autor tem problemas mentais

Teixeira de Freitas: A irmã do Daniel de Oliveira Lima, 28 anos de idade, procurou a nossa redação e enviou uma carta à sociedade, pedindo perdão à família e aos teixeirenses pelo brutal crime cometido pelo seu irmão contra o senhor Valmir Francisco dos Reis, 67 anos de idade, que foi assassinado nesta terça-feira, 16 de outubro, no Bairro Redenção, cuja vítima teve a cabeça decapitada pelo o Daniel.

A irmã do autor enviou os registros da passagem do Daniel pela UPA e o encaminhamento ao Psicólogo/Psiquiatra. A irmã alega que em relação ao homicídio em que ele foi acusado, foi porque na época ele alugou o carro para o rapaz que cometeu homicídio, e isso já havia sido resolvido na Justiça. “Meu irmão nunca havia matado ninguém”, disse a irmã.

Segue a Carta na Íntegra:

Eu Como Irmã peço Perdão a Toda a Família da Vítima.

Mas, são duas famílias que sofrem nesse Momento tão difícil.

Daniel é um Bom Rapaz, ele havia sido internado em uma clínica psiquiátrica no ES. Apresentou melhora, é trouxemos para Teixeira. Ele estava bem, trabalhando. Mas há uma Semana ele entrou em Surto.

Tentou várias vezes se matar, Tentou se Afogar. Tentou várias vezes pular da Janela do Prédio onde Nossa mãe Mora. Ontem estava internado na UPA porque cortou a veia do próprio braço pra se matar. E fugiu da UPA. Nesse momento estávamos todos atrás dele nas ruas.

Infelizmente em Teixeira não tem centro Especializado para Pessoas com Distúrbios Mentais. E a Polícia só vem se há ocorrência em Caso de Crime. Mas, o SAMU nos ajudou muito e por diversas vezes foi em nossa Casa Sedá-lo.

Eu e a Esposa dele entramos em choque, fomos levadas pra UPA e desmaiei várias vezes, quase dando parada cardíaca.

Estou escrevendo essa nota, com muita dor e lágrima nos olhos.

Só peço Perdão! E não o Julguem porque ele estava fora de Si, e nem se quer conhecia o Sr.Valmir, nunca o viu. Então, não houve motivo. Ele estava tão fora de si, que também tentou contra minha vida.

Agora vamos pedir ajuda as instituições competentes, para transferi-lo para uma Clínica Psiquiátrica. Pois, nenhum medicamento fez efeito para controlá-lo.

Aí já é outra Luta, porque aqui é Brasil, e o descaso é grande.

Nos Perdoe, Nos Perdoe!

Daniela de Oliveira Lima