Teixeira de Freitas: Após denúncia no Liberdade News, sobre demora na liberação da carreta que foi roubada, cujo perito saiu de folga e havia informações de que a carreta seria liberada após 30 dias, a carreta finalmente foi liberada. Logo após a liberação, nossa equipe de jornalismo esteve no Departamento da Polícia Técnica (DPT) de Teixeira de Freitas para falar com o coordenador e perito criminal Flávio Sampaio, a respeito do caso. A carreta foi tomada de assalto no último dia 23 de janeiro, e houve uma denúncia por parte dos caminhoneiros, inclusive de um representante do Sindicato dos Caminhoneiro do Espírito Santo, alegando que demoraria 30 dias para perícia e liberação da carreta.
O coordenador Flávio Sampaio, agradeceu a oportunidade que lhe foi dada, para esclarecer alguns pontos que precisam ser elucidados nessas questões. “A solicitação da perícia da carreta entrou no período em que o perito Eduardo Portugal estava respondendo pela perícia no seu Plantão. Neste período, 07 veículos deram entrada no Departamento para serem investigados. Houve também diversos homicídios que ele atendeu, diversos arrombamentos, de forma que o quantitativo de laudos que teria produzir e o tempo para produzir não era suficiente. Então, houve uma redistribuição dessas perícias, em especial a identificação de veículos, e parte da perícia criminal passou para o perito Danilo Ferreira Bastos”.
Ainda segundo o coordenador Flávio, essa pericia em particular, a da carreta que foi tomada de assalto, e que estava com o perito Eduardo Portugal, já foi concluída, e o laudo pericial já está disponível para a autoridade requisitante. Questionado ao perito em relação aos 07 dias de trabalhos contínuos, para que se folgue 21 dias, ele disse que a questão principal é o cumprimento da carga horária, que vem sendo devidamente cumprida pelos peritos, bem como vem atendendo as todas as requisições.
“Vamos dizer que ele trabalhe 08 horas por dia e receba determinada perícia para fazer. Se ele nessas 08 horas de perícia não consegue produzir o laudo devido, a perícia vai pra o dia seguinte. Se o outro perito não consegue, ela vai pra o outro dia seguinte, e assim sucessivamente. É humanamente impossível que ele realizasse todas as perícias que foram requisitadas dentro desse tempo. Afinal, foram 50 perícias requisitadas pra ele, o que se trata de uma grande quantidade, pois a perícia demora porque requer um trabalho científico maior e tempo para serem realizados”, explicou Flávio.
“Em relação ao que disseram que a carreta ficou 30 dias sem perícia, quero esclarecer que houve uma desinformação. Não se passou 30 dias para o atendimento da requisição. Inclusive o laudo já está pronto, disponível para a entrega. Agora é possível que se demore 30 dias, ou até mais, em determinado laudo, independente das condições de prejuízos que possa vir acarretar para a vítima. Não se trata de revitimar as pessoas, não se trata disso, o laudo pericial é um laudo técnico-científico, não é uma mera formalidade, não é uma burocracia”, acrescentou.
O perito coordenador afirmou ainda que quando um delegado encaminha um veículo para ser identificado, subentende-se que exista dúvida sobre a propriedade desse veículo. “É o nosso trabalho que vai garantir que depois de periciado aquele veículo vai ser devolvido para o verdadeiro proprietário. Quando isso é possível, então, já existe um entendimento que esse trabalho é pra ser assim. É um trabalho cuidadoso, requer conhecimento, zelo, e por isso existe uma portaria que determina que veículos só devem ser encaminhados para perícia quando houver dúvida sobre a propriedade. Então, se um delegado encaminhou para nós um veículo para ser periciado significa que havia dúvidas. Pelo menos o perito que recebe ele subentende isso”.
E finalizou: “Assim que há dúvidas sobre a propriedade, o perito vai fazer todo o trabalho, que deve ser feito com zelo e isso pode demorar muito tempo, para garantir a verdade, a prova real. E no caso em questão, a carreta já está liberada. Foi feito o trabalho com tem que ser feito, e já está tudo pronto. A perícia teve que ser encaminhada para outro perito, por circunstancias do acúmulo que houve com o perito Eduardo Portugal. A gente entendeu aqui que redistribuir seria apropriado, e assim, redistribuímos, e o próximo perito pegou um plantão mais tranquilo e já realizou a entrega da carreta”.
Por: Lenio Cdreira/Liberdadenews
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