Delegada Valéria Chaves e diretor do DEPIN falam sobre prisão de acusados de matar ativista ambiental

Teixeira de Freitas: A delegada coordenadora da 8ª COORPIN, Valéria Fonseca Chaves, convocou na tarde desta última quarta-feira, 20 de março, uma Coletiva de Imprensa para esclarecer um crime de Repercussão Nacional, e que após investigações da Polícia Civil acabou prendendo os acusados de matar a ativista ambiental em Nova Viçosa, Rosane Santiago Silveira, de 59 anos. O diretor do DEPIN (Departamento de Polícia do Interior), o delegado Flavio Góis, esteve presente em Teixeira, para acompanhar pessoalmente o depoimento dos acusados e a equipe de reportagem do Liberdade News entrevistou os delegados e acusados.

Segundo Valéria Chaves, logo após o homicídio de Rosane Santiago, foi realizado os procedimentos de praxe. “Com o desenrolar das investigações, descobrimos que o celular da vítima teria sido subtraído, e com técnicas de investigação, chegamos à pessoa que estava com o aparelho, e depois localizamos o acusado. Trata-se de um crime de repercussão, pois, dona Rosane era ativista ambiental e participava do Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista de Cassurubá. Diante da repercussão nacional, pedimos o apoio do Departamento de Polícia do Interior (DEPIN), e o diretor Flavio Góis, enviou uma equipe para dar apoio no caso”, disse a delegada.

O diretor e delegado Flavio Góis, disse em entrevista, que dá apoio às 26 Coordenarias no interior do estado e que desde que tomou conhecimento do crime, em 29 de fevereiro, enviou duas equipes do CATE/DEPIN, de Salvador para dar apoio à Delegacia de Nova Viçosa e à delegada Valéria, em Teixeira de Freitas. “Realizamos muitas diligências, identificamos dez suspeitos investigados, floram várias linhas de investigação, dentre elas latrocínio. Como dona Rosane também era ativista ambiental da reserva, na ilha de Barra Velha, e tinha posicionamentos contrários aos crimes do meio ambiente, também não descartamos essa linha de investigação”, disse Flávio.

O delegado Flávio Góis acrescentou ainda que todo crime tem sua importância e a Polícia Civil investiga, pois é um crime contra a vida. “O caso de Dona Rosane ganhou a repercussão conhecida por se tratar de uma titular de uma causa ambiental, que hoje no Brasil está elevadíssima, e além do mais, porque este é o mês de março, o mês da Mulher, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, então, ela foi uma mulher lutadora, guerreira, de ideias e combate aos crimes de meio ambiente, e isso chocou tanto a parte do crime ambiental, como também do fato dela ser mulher. “Quero parabenizar à delegada Valéria Chaves pelo excelente e sublime trabalho de ter fechado esse caso”.