Teixeira de Freitas: A Polícia Civil elucidou mais um homicídio tentado em Teixeira, cujo crime foi praticado contra a vítima identificada por Ramon da Cruz rocha, o “Neguinho”, (18 anos), na tarde do dia 28 de março de 2019, quando a vítima se encontrava em via pública, na Rua Nova Flor, no Bairro Vila Verde, em Teixeira de Freitas. Na ocasião, a vítima foi atingida por cinco disparos de arma de fogo, sendo socorrida junto ao HMTF, local onde permaneceu internada, sendo submetida aos procedimentos cirúrgicos, conforme ficou constatado preliminarmente através da Equipe do Plantão.
O caso foi encaminhado para o Delegado Manoel Andreetta, responsável pela pasta de homicídios, o qual, após o desenvolvimento das investigações, realizadas em conjunto o Serviço de Inteligência da Polícia Civil, através dos investigadores Sérgio Adriano, Alexandre Augusto, Alex Honorato e Marcos Gomes, apuraram que a vítima estava envolvida com o tráfico de drogas no Bairro Vila Caraípe, trabalhando como um dos “meninos de pista” integrante do grupo de traficantes denominado Grupo dos Mabaços, figurando como seu chefe imediato o finado Alex Rocha dos Santos, o “Lecão ”, (morto em 07/11/2018).
Segundo as investigações, o Alex foi morto pelo grupo rival, o denominado Grupo do Gueto, e ele trabalhava como “gerente do tráfico”, sendo o “braço direito” dos chefes do grupo, o finado Isael Lopes Moreira, o “Bodão”, (morto em Eunápolis em confronto com a PM) e dos irmãos gêmeos Kaique Reis de Jesus e Kaio Reis de Jesus, conhecidos como os “Irmãos Mabaços”. “Na verdade, a vítima (Ramon), que já pertenceu ao Grupo do Gueto, abandonou o Gueto para integrar o grupo rival, por influência de seu primo, o traficante Diego Silva Santos, o “Dedê”, sobrinho do finado Alex, o “Lecão”, deixando para trás uma dívida entre drogas e dinheiro, ou seja, um “derrame” de mais de mil reais de prejuízo ao seu antigo grupo”.
“As investigações realizadas pelos policiais civis demonstraram que o crime ocorreu dentro de um cenário de Guerra do Tráfico, figurando como autores do presente crime, os integrantes do Grupo do Gueto, as pessoas de Maxsuel Costa de Jesus, o ‘Sementinha do Mal’, (19 anos) que estava de carona na motocicleta pilotada pelo seu comparsa, identificado por Vitor Conceição Benichio, o ‘Vitão’ (21 anos), sendo certo que foi Maxsuel o responsável por efetuar os disparos de arma de fogo que atingiram a vítima de surpresa, quando a mesma encontrava-se em via pública, local onde a vítima tinha o costume de comercializar drogas”, acrescentou o delegado.
“Na ocasião, os executores sacou um revólver e efetuou cinco disparos contra a vítima, sem dar chance de defesa. Um dos tiros acertou as costas da vítima, três acertaram as pernas e outro as mãos. Não obstante, não satisfeito ao ver que tinha descarregado sua arma de fogo e não dispunha de mais munições para terminar o seu ‘serviço macabro’, o executor de forma covarde e vil, desferiu ainda várias coronhadas contra a cabeça da vítima, já enfraquecida pelos ferimentos sofridos, quando então, aproveitando-se da aglomeração de curiosos que já se faziam presentes, a vítima conseguiu se desvencilhar dos executores, fugindo correndo do local, escondendo-se no interior de uma residência vizinha”.
Os executores deixaram a cena do crime tomando rumo ignorado, sendo a vítima foi socorrida por familiares junto ao HMTF, onde conseguiu se recuperar das lesões sofridas, escapando da morte por pura sorte. Ainda segundo o Delegado Manoel Andreetta, presidente do Inquérito Policial que investigou e elucidou o caso, “é imprescindível que políticas sociais sejam adotadas em caráter de urgência em nossa comunidade, visando ocupar os espaços vazios deixados pelas administrações públicas anteriores, que não se comprometeram em criar os projetos e definir os mecanismos necessários para absorver e resgatar nossos jovens e adolescentes, principalmente os mais carentes e vulneráreis a ação da criminalidade”.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews