Teixeira de Freitas: Familiares do empresário Edvaldo Ferreira da Silva, 70 anos, estão em campanha por Justiça pela sua morte, ocorrida enquanto ele trabalhava no seu estabelecimento comercial (Segredos Motel), localizado na BA 290, no Bairro Estância Biquíni, na madrugada do dia 28 de março deste ano. O empresário morreu após um desentendimento com um policial militar, que teria usado o estabelecimento e não estava com dinheiro, apenas, cartão, o que não era aceito no local, motivo do desentendimento.
O acusado de ter matado o empresário, foi o policial militar, Leonardo Santos Teixeira, 21 anos, que se apresentou voluntariamente à Polícia Civil e prestou depoimento. O Leonardo apresentou as duas armas envolvidas na ação, sendo um revólver pertencente à Polícia Militar da Bahia (Arma de Carga) e um revólver em nome do empresário Edvaldo Ferreira. A tese apresentada pelo acusado é de legítima defesa própria e de terceiros, e ele disse ter pegado a arma do empresário, devido à aglomeração de pessoas logo após o fato.
Na ocasião, os delegados Manoel Andreetta e Bruno Ferrari, a Polícia Civil está trabalhando a prova material, as provas objetivas, e as investigações fora, iniciadas com base nas provas periciais.” A Polícia Civil vai fazer a sua parte. Vamos trabalhar com segurança para que possamos chegar à verdade e promover a justiça”, explicou o delegado Bruno Ferrari, responsável pela Pasta de Homicídios. O caso está sendo investigado sob coordenação da delegada, Valéria Chaves, e toda a Polícia Civil está empenhada para conclusão do inquérito.
Segundo apurou nossa equipe de reportagem, a Polícia Civil aguarda resultado de exames periciais, que foram encaminhados ao Laboratório Central de Polícia Técnica, dentre outros procedimentos. Inclusive, nem mesmo o veículo particular do policial militar, foi liberado pois aguarda resultados laboratoriais para conclusão de laudos periciais.
Clamamos por Justiça
Familiares refutam a versão do policial militar de que o empresário Edvaldo Ferreira estaria alterado, e teria tentado contra a vida do policial. “Infelizmente, é a versão de quem matou, pois, quem morreu não pode dar sua versão. Edvaldo era uma pessoa extremamente pacata, fácil de lidar e nunca foi uma pessoa violenta”, disse um familiar.
No dia 30 de março, familiares emitiram um Nota de Pesar, lamentando o ocorrido e repudiando as declarações do policial militar. Na nota, a família acusa o policial de execução, e refuta a legítima defesa apresentada pelo militar.
“Banalizar a vida do ser humano é algo inaceitável. Tirar a vida alheia nunca terá justificativa plausível. Agredir e matar um IDOSO jamais deverá ser uma conduta aceitável, justificável. O bem mais precioso que uma pessoa pode ter: a vida. O nosso querido ‘’birosca’, como gostava de ser chamado, jamais poderá ter novamente”. Este é um trecho da Nota.
Os familiares também colocaram dois Outdoor na cidade: “QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA. O dever do policial é proteger vidas, não tirá-las. O maior presente pelo seu aniversário será a realização da Justiça. Te amamos, Feliz Aniversário”.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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