Teixeira de Freitas: Nossa equipe de reportagem teve acesso com exclusividade ao novo depoimento dado pelo acusado de ter matado a empresária Nayelle Alves Ribeiro, 31 anos, morta no último dia 10 de julho, dentro do seu estabelecimento comercial (Ferro Velho), localizado no Bairro Monte Castelo. O Liberdade News vem acompanhando de perto todos os desdobramentos deste crime que chocou a sociedade teixeirense, e traz mais informações sobre este caso.
Nossa equipe de reportagem publicou recentemente informações sobre o reconhecimento oficial do suposto mandante do crime, o esposo da vítima. Na ocasião, o assassino Adriano Oliveira de Carvalho, 32 anos, não reconheceu Rosival Moreira Macieira, 57 anos, o Val da sucata, dentre os demais indivíduos na sala reservada pela polícia para este tipo de procedimento. Além de não reconhecer fisicamente o Val da Sucata, o Adriano também não reconheceu a voz de quem seria o suposto mandante do crime.
Continuando os trabalhos investigativos, e diante do fato de o Adriano não ter reconhecido a pessoa a quem ele espontaneamente apontou ao ser preso, como sendo o mandante do crime, a polícia realizou um novo depoimento. Neste depoimento, o Adriano contou ainda mais detalhes, desde a sua chegada em Teixeira de Freitas, vindo de Porto Seguro, e até o motivo pelo qual ele não reconheceu o suposto mandante do crime (Val da Sucata) no último dia 15 de julho.
O Adriano disse ter chegado a Teixeira de carona, vindo de Porto Seguro, no dia 07 de julho, e que ficou nas imediações do Posto Ipiranga, onde tentava conseguir emprego. No dia 09, ele foi abordado por um homem que se identificou como “Val Dono do Galpão”, que mexia com sucata. O Adriano deu as características do Val, bem como em que veículo ele estava, um Fiat Strada, na cor branca. Ele disse ainda que o Val estava com máscara e com um boné e não desceu do carro.
Ainda segundo o Adriano, o Val conversou com ele, abaixando a metade do vidro do veículo e lhe ofereceu dinheiro para ele fazer um serviço, que era para dar um susto na esposa dele, pois, ela estaria lhe traindo. O Val teria lhe dado R$ 15,00 para ele comprar algo para comer. Depois, o Val teria dito que não seria mais um susto, mas, que era para ele matar a esposa. Ainda segundo o Adriano, o Val teria dito que no local onde ele mataria a esposa, teria uma quantia de R$ 10.000,00.
Esse valor, segundo o Adriano, estaria no ferro velho, e que era para ele subtrair o dinheiro e o celular da vítima, entregando o celular para o Val, pois, ele queria provas da traição. Além desses R$ 10 mil, o Val ainda lhe daria 2 ou 3 mil. O Val teria lhe dado detalhes, tais como o horário que ele deveria chegar no estabelecimento e como proceder. O Val teria dito ainda que caso ele visse no local, uma moto Twister, que ele abortasse a missão, pois, ele poderia matar a mulher errada.
O Adriano disse que os R$ 15 que o Val lhe deu no dia anterior, ele comprou um pouco de cocaína, para usar no momento do crime, para lhe dar energia. O Adriano segue nos detalhes, dizendo que o Val lhe disse que a moto Bros estaria escondida em um terreno no meio do mato, e que embaixo da moto, estaria uma arma, e que teria ainda duas sacolas com latinhas perto da moto. O Adriano contou também que no momento do “assalto”, ele não conseguiu subtrair os R$ 10 mil.
Adriano disse ainda à polícia, que ele já havia desistido de matar a vítima, porque se arrependeu, mas, que ela partiu para cima dele e ele atirou duas vezes contra ela, e que se arrepende de ter feito isso, e que nunca havia matado ninguém antes. Questionado por que ele não reconheceu o Val na delegacia, ele disse que estava sendo ameaçado pelos presos, e que ficou com medo de reconhecer o Val. Mas, ele alega também que o Val usava máscara e chapéu, o que dificultou o reconhecimento.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que ainda não concluiu o inquérito policial. A Polícia ainda aguarda resultados de perícia, novos depoimentos e diligências. Os acusados seguem presos à disposição da Justiça.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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