O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, advertiu nesta quarta-feira, 25, que os americanos não permitirão que se ignorem os resultados das eleições de 3 de novembro, enquanto o presidente Donald Trump pediu a seus partidários para "reverter" o resultado do pleito.
"Nos Estados Unidos, temos eleições íntegras, justas e livres, e depois respeitamos os resultados", disse Biden em seu reduto político de Wilmington, Delaware. "O povo desta nação e as leis do país não aceitarão outra coisa".
Em discurso à nação na véspera do fim de semana prolongado do Dia de Ação de Graças, o presidente eleito também pediu que se ponha um fim à "sombria temporada de divisões" no país. Biden não nomeou Donald Trump, mas se referiu claramente à recusa do presidente em aceitar os resultados da eleição.
O ex-vice-presidente democrata disse que a pandemia da Covid-19 exacerbou as divisões políticas nos Estados Unidos e pediu união. "Ele nos dividiu. Nos enfureceu. E nos colocou um contra o outro", ressaltou. "Sei que o país está cansado do embate".
"Mas devemos lembrar que estamos em guerra contra um vírus, não uns contra os outros", acrescentou. "Eu acho que nesta época de divisão sombria, a demonização vai dar lugar a um ano de luz e unidade", explicou.
Biden prometeu que, a partir de seu primeiro dia na Presidência, serão dados passos que vão mudar "o curso da doença". Ele também pediu aos americanos que sigam as normas de saúde.
"Nenhuma dessas etapas que pedimos às pessoas são declarações políticas", pontuou. "Cada uma delas é baseada na ciência. Eu sei que podemos e iremos derrotar este vírus", defendeu.
"Os Estados Unidos não vão perder esta guerra. Recuperarão suas vidas. A vida vai voltar ao normal. Isso vai acontecer. Isso não vai durar para sempre", finalizou o presidente eleito.
Fonte: AFP