Teixeira de Freitas: Os trabalhadores da coleta de lixo de Teixeira de Freitas realizaram na manhã desta segunda-feira, 04 de janeiro, uma manifestação após atrasos em seus salários. Os trabalhadores se reuniram em frente à sede da empresa Construpolli, terceirizada que prestava o serviço de coleta de lixo para o município.
De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza do Estado da Bahia (Sindilimp/BA), José Carlos Conceição, a presença dos trabalhadores na manifestação, é pela reivindicação do pagamento do 13° salário; do pagamento do mês de dezembro e o pagamento das verbas rescisórias. “A empresa já perdeu o contrato com o município, e aqui tem pais e mães desempregadas, sem receber e ninguém dá uma posição para esses pagamentos”.
A Construpolli está inadimplente com os trabalhadores, também no que se refere a (quatro) meses de FGTS (sem recolhimento). “Somos na limpeza pública, 260 trabalhadores, fora o pessoal da construção civil, do calçamento e do asfalto, em uma média de 350 funcionários. Essa conta é da Construpolli, que deixou de pagar a fatura do mês de dezembro, que fica em uma média de 3.000.000,00 (três milhões de reais), que daria para pagar toda a sua dívida”, explicou o coordenador do sindicato.
A gari Elenice da Conceição Simões falou que trabalha como varredora na Construpolli há 01 ano e 04 meses. “Estou sem receber meu salário, 13º, e rescisão. Preciso muito desse dinheiro. Tenho família para sustentar. Trabalhei honestamente, só quero o que é meu de direto. Alguém precisa nos ouvir, precisa interceder por nós. Vamos passar fome”.
O senhor Aelsson Simões Lima, relatou que também é trabalhador da Construpolli. “Vivemos momentos de dificuldade. O pessoal da empresa sumiu. Ninguém dá notícia, todos os meus vencimentos até agora não assumiram a dívida. Assinaram minha careteira com (GARI), e eu trabalhava na área de construção civil. Até isso eles fizeram, e não honraram com os seus compromissos. Estou muito preocupado, tenho meus compromissos a pagar e não vejo como realizar os pagamentos”.
Já o gari Ateildo de Jesus, disse que está aguardando 03 (três) meses de benefício, e até o momento só promessas. “O pessoal da empresa não atende telefone, não fala com ninguém. Simplesmente desaparecem. Estou passando por dificuldades, e necessito urgência da solução do meu problema”.
A nossa reportagem procurou a assessoria da Construpolli, mas, não tinha ninguém no local.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews