Durante a abertura dos trabalhos legislativos no Congresso Nacional, na tarde desta quarta-feira, 3, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), foi vaiado por parlamentares antes de seu discurso. Em resposta, o chefe do executivo rebateu os colegas, dizendo “nos encontramos em 22”, fazendo referência à próxima eleição.
"Muitos debates entre nós, muitas ideias divergentes, mas sempre respeito a qualquer autoridade que porventura estivesse presente neste momento", completou Bolsonaro enquanto o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedia respeito por parte dos parlamentares presentes.
Além das vaias, por vezes acompanhadas dos adjetivos de “fascista” e “genocida”, alguns apoiadores do governo ainda retrucavam os xingamentos vindos da ala de oposição e gritavam “mito”.
Em seu discurso, Bolsonaro falou das medidas que estão sendo tomadas pela sua gestão para proteger a população contra o coronavírus. "O governo federal adotou premissas básicas para salvar vidas e proteger empregos. Com base nessas premissas e com olhar aos vulneráveis, governo foi mobilizado para atuação coordenada e efetiva e todos passaram a direcionar esforços ao combate ao vírus e proteção as pessoas”.
De acordo com o presidente, o governo está se "estruturado em termos financeiros e logísticos para a vacina da covid", reforçando a importância da Anvisa para certificação da vacina e citou o investimento de R$ 20 bilhões de reais para aquisição das imunizações.
Além disso, Bolsonaro ainda aproveitou para alfinetar os governos petistas, comparando seu mandato com os anteriores ao ressaltar a importância do agronegócio ao Brasil. "Entregamos mais títulos de propriedades rural nesses 2 primeiros anos do que nos 14 anos do governo anterior", disse.
Esta é a primeira vez que Bolsonaro vai ao Congresso desde o primeiro ano do mandato. Nesta quarta-feira, o novo presidente do senado, Rodrigo Pacheco, eleito na última segunda-feira, oficializou o início dos trabalhos legislativos no Brasil.
Fonte: Atarde