O ex-prefeito de Salvador e presidente do DEM, ACM Neto, rejeitou as especulações de que parlamenteres do partido estariam abertos a possibilidades de articular tanto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto com o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) para 2022.
Na opinião do cacique democrata, não se cogita apoiar nenhum dos dois candidatos, os quais Neto já criticou diversas vezes pela "polarização política", mesmo que ainda não tenha havido nem veto ou discussão no partido sobre o assunto.
“Se existem partidos no Brasil que podem apoiar qualquer um, nesse rol não nos incluímos. Não vou apontar o dedo nem julgo ninguém, mas se algum partido cogita apoiar de Lula a Bolsonaro, algum problema esse partido tem”, afirmou em entrevista para a coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo.
Neto minimizou também as saídas do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do deputado e ex-presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, que migraram para o PSD. Além deles, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, está de partida para o PSDB.
De acordo com ele, as saídas não são vistas como uma "crise de identidade" dentro do partido e o crescimento da legenda nas últimas eleições mostra um fortalecimento interno.
"A relevância do DEM desperta inveja e interesse de diversos setores de gerar desgaste no partido. Está muito claro que o DEM está incomodando. Não é o primeiro ataque especulativo que sofremos. No passado, sobrevivemos a uma certeza. Quero lembrar: o PT disse que iria acabar com o DEM. Não acabou. Passamos por tudo isso porque temos coerência, princípios, bandeiras claras e quadros", pontuou.
Fonte: Atarde