O Ministério Público Federal (MPF) pediu a absolvição do ex-presidente Lula e do seu ex-chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, no âmbito da Operação Zelotes.
A operação, deflagrada em 2015, investigou um esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), órgão colegiado do Ministério da Fazenda, responsável por julgar os recursos administrativos de autuações contra empresas e pessoas físicas por sonegação fiscal e previdenciária.
Lula virou réu do caso em 2017 sob acusação de corrupção passiva por ter aceito, supostamente, uma vantagem indevida de R$ 6 milhões em 2009, quando ainda ocupava a Presidência da República.
O procurador Frederico Paiva, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito, pediu a absolvição dos réus por avaliar que , "a denúncia foi devidamente acompanhada de prova da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria" mas que não indica a participação de Lula e Carvalho em atos de corrupção.
"O conjunto probatório produzidos nos autos, a despeito de corroborar a tese acusatória de que a edição da Medida Provisória nº 471/2009 foi comprada por corrupção, falha em produzir uma prova acima de qualquer dúvida razoável de que o produto do crime de corrupção passiva foi efetivamente entregue em favor do Partido dos Trabalhadores, por solicitação dos réus", afirmou o procurador.
Outros cinco réus, advogado Mauro Marcondes; o lobista Alexandre Paes dos Santos e seu sócio na consultoria SGR, José Ricardo da Silva; os executivos de montadoras Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa) e Paulo Arantes Ferraz (MMC, atual HPE), ainda respondem ao processo por corrupção ativa.
Fonte: Atarde