O governo federal exonerou o diretor de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz. Ele havia dado aval para que um reverendo e a entidade presidida por ele negociassem 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro com a empresa americana Davati Medical Supply.
"Inicialmente agradecemos a disponibilidade da Senah, representada por sua pessoa (...) Na apresentação da proposta comercial para fornecimento de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. Todos os processos de aquisição de vacinas no âmbito do Ministério da Saúde estão sendo direcionados pela Secretaria Executiva", diz trecho de email enviado por Monteiro Cruz.
Em email a Davati, o reverendo Amilton Dias agradeceu a "confiança depositada em nossa instituição em conduzir negociações com o Ministério da Saúde do Brasil" e diz que o valor acordado por cada dose do imunizante, na reunião do dia 5 de março foi de US$ 17,50.
Relatos envolvendo a negociação do Ministério da Saúde com a Davati também foram responsáveis pela exoneração do ex-diretor de Logística da pasta, Roberto Dias, acusado por um intermediário da farmacêutico de cobrar US$ 1 de propina por vacina. Dias depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito de quarta-feira, 8, foi preso por suposto falso testemunho e liberado após pagamento de fiança.
Fonte: Atarde