André Mendonça, ex-chefe da Advocacia-Geral da União e ex-ministro da Justiça, será o segundo ministro do Supremo Tribunal Federal indicado pelo presidente Jair Bolsonaro. Seu nome foi aprovado pelo Senado quatro meses depois de ser oficializado. No plenário, a indicação recebeu 47 votos favoráveis, contra 32. Antes, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou Mendonça por 18 votos a nove depois de oito horas de sabatina.
Como foi a sabatina: aos senadores, André Mendonça afirmou compromisso com o Estado Democrático de Direito e respeito às instituições democráticas e a independência e harmonia entre os Poderes. Apesar de diversas menções a Deus e de se apresentar como “genuinamente evangélico”, disse que defenderá a laicidade do Estado e a liberdade religiosa: “Como tenho dito a mim mesmo: na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição”.
Mendonça também respondeu sobre a prisão em segunda instância, a Operação Lava-Jato, posse e porte de armas, a liberdade de imprensa, declarações antidemocráticas e o uso por ele da Lei de Segurança Nacional contra críticos do presidente Jair Bolsonaro. Disse ainda que defenderá o “direito constitucional do casamento civil das pessoas do mesmo sexo”.
Outro olhar: Mendonça usou frases-chaves para caracterizá-lo como uma espécie de “anti-Moro”, o que agrada a parlamentares alvos da Lava-Jato e de outras operações, avalia Vera Magalhães.
* As informações são do GLOBO